O Togo foi mesmo excluído do Campeonato Africano das Nações (CAN), por decisão da Confederação Africana de Futebol. A selecção togolesa deixou Angola depois de o seu autocarro ter sido metralhado, num ataque de que resultaram três mortes, mas deixou em aberto a possibilidade de regressar depois de um período de luto. No entanto, esse cenário não se colocará.
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«A equipa foi desqualificada. Será um grupo de três equipas», afirmou Yaouba Amoa, coordenador da CAF, em declarações à «Associated Press». O Togo tinha estreia prevista esta segunda-feira, frente ao Gana, em partida do Grupo B, que integra ainda a Costa do Marfim e o Burkina Faso.
«O Togo já não vai voltar ao torneio. O calendário foi reorganizado», diz por seu lado Ouattara Hego, outro responsável do organismo, citado pela Lusa.
Aparentemente, a CAF prepara-se para encarar a ausência do Togo como abandono, o que em teoria implica sanções. «Há consequências, mas não se pode falar em sanção. O Comité Executivo da CAF vai deliberar na próxima reunião», comenta Ouattara Hego.
O primeiro-ministro do Togo mostrou-se entretanto muito crítico sobre a forma como as autoridades angolanas lidaram com a questão. «Não nos deram garantias suficientes. Esperávamos que pudesse haver uma discussão serena com o país anfitrião, com a Confederação, para avaliar o que se passou. Não recebemos qualquer sinal de cooperação nesse sentido», afirma Gilbert Huognbo, citado pela BBC.