A selecção do Togo vai continuar na CAN, garantiu fonte do governo angolano à Lusa neste sábado, depois de o autocarro da equipa ter sido metralhado à chegada a Angola, resultando na morte, até ao momento, de dois elementos da comitiva e do motorista.
Em Cabinda, onde ocorreu o ataque reivindicado pelos separatistas da FLEC, encontra-se o primeiro-ministro angolano, Paulo Kassoma, à frente de uma delegação ministerial que inclui o responsável pelo desporto.
Para continuarem em prova, o internacional togolês Thomas Dossevi exigiu neste sábado o adiamento do início da Taça das Nações Africanas. «O Togo exige que o início da competição seja adiado para que possamos enterrar os nossos mortos e depois regressarmos para jogar», justificou o avançado do Nantes, em declarações aos jornalistas no aldeamento oficial da prova em Cabinda. Dossevi adiantou ainda que há duas selecções que apoiam a decisão da selecção do Togo.
Neste momento, uma delegação da Confederação Africana de Futebol (CAF) está reunida com os responsáveis do Togo, num encontro no qual esteve presente o ministro da Relações Externas de Angola, Assunção dos Anjos, e três ministros togoleses. A delegação governamental togolesa integra os ministros de Estado, general Dakari Nandja, dos Negócios Estrangeiros, Kofi Efan, e dos Desportos, Christophe Tchao.