O selecionador dos Camarões, o português António Conceição, defendeu que a sua equipa jogou bem e procurou o golo nos 90 minutos de jogo ante o Egito, lamentando a eliminação no desempate por grandes penalidades ante o conjunto comandado pelo compatriota Carlos Queiroz, por 3-1, na sequência do 0-0 que se manteve até ao fim do prolongamento.

«Durante 90 minutos a equipa jogou bem e procurou marcar um golo. Tivemos três ou quatro ocasiões sem conseguir marcar. Na segunda parte, começámos a ter desequilíbrios ao nível do jogo e fadiga nos jogadores. Estamos tristes como os 27 milhões de camaroneses, mas é o futebol. A minha equipa tentou, mas o Egito conseguiu controlar as nossas capacidades ofensivas. Por isso fomos forçados a grandes penalidades. É a dura realidade do desporto, mas é o desporto», afirmou Conceição, na conferência de imprensa.

Conceição respondeu ainda sobre o momento das grandes penalidades, em que, depois de Aboubakar ter marcado o primeiro, Gabaski defendeu os remates de Moukoudi e Siliki, até que Clinton N’Jie falhou no remate que ditou o apuramento do Egito.

«No final do treino, fazemos sempre sessões de penáltis, nas quais todos os jogadores participam. Fizemos sempre isso, não só nesta CAN. Há jogadores que são muito fortes, mas que foram substituídos antes dos penáltis. Todos treinam para isso. Mas, ao fim de tudo, eles são seres humanos e fizeram um grande jogo», entendeu.

Questionado sobre se seria ele mesmo o problema da seleção dos Camarões, Conceição respondeu de forma clara. «Você [repórter] falou com muita emoção, mas eu vou fazê-lo de forma racional. Discordo da análise. Além disso, falhar um penálti pode acontecer com todos os jogadores», afirmou, considerando ainda que «é difícil neste momento levantar o moral dos jogadores após esta derrota», tendo em vista a disputa do terceiro lugar, no jogo ante o Burquina Faso, Às 16 horas de domingo.