O presidente da Liga prefere, pelo menos para já, não se alongar em comentários relativamente à suspeita de corrupção que envolve o árbitro assistente José Cardinal. Mário Figueiredo defende que é um «caso de polícia», e por isso aguarda pela investigação da Judiciária.

«Não conheço as notícias, isso para mim é um caso de polícia, portanto não irei comentar essa matéria. Não conheço o caso, a seu tempo poderei ver o que se passa para me poder pronunciar, mas agora só falarei sobre a Taça da Liga», disse Mário Figueiredo, durante a apresentação da final do próximo sábado, marcada para Coimbra.

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, também presente na cerimónia, lembrou que «são contra a ética no desporto fenómenos de corrupção, violência, dopagem e xenofobia». «Tudo o que coloca em causa a verdade desportiva é condenável e deve ser reprimido por quem de direito, apurando todos os factos», disse Alexandre Mestre, igualmente sem querer alongar-se em comentários nesta altura.

Recorde-se que a Polícia Judiciária está a investigar uma suspeita de corrupção relacionada com o jogo Sporting-Marítimo, da Taça de Portugal. Na conta de José Cardinal, um dos árbitros assistentes nomeados para esse encontro (foi depois substituído por «motivos pessoais»), terão sido depositados dois mil euros em numerário, alegadamente a partir de um banco na Madeira.

De acordo com o «Diário de Notícias», jornal que avançou com a informação, o Sporting terá recebido uma denúncia anónima, e informou a Federação Portuguesa de Futebol, que entregou o caso à Polícia Judiciária.