«Treinei um jogador que é ainda hoje o mais jovem da história a marcar numa final da Liga dos Campeões. Tinha 18 anos em 2004. Não sei onde joga hoje. Sei que ganhou a Champions em 2004, em 2005 foi para o Corinthians, em 2006 para o Werder Bremen, em 2008 foi para o São Paulo e o Botafogo. É um jogador espectacular, absolutamente espectacular, mas não sei onde joga hoje. É significativo.»

O depoimento é de José Mourinho e centra-se em Carlos Alberto. O médio brasileiro foi campeão europeu com o F.C. Porto e entrou numa espiral negativa, passando por vários clubes e, praticamente, desaparecendo do mapa.

Mourinho lembrou-o como um caso flagrante de talento desperdiçado. Carlos Alberto, agora no Bahia, não se mostrou incomodado. E, para Mourinho, só elogios.

«Foi um privilégio trabalhar com Mourinho, porque é uma pessoa inteligentíssima. Sempre que as coisas ficavam complicadas, ele criava uma nova estratégia. É excepcional no dia-a-dia, totalmente diferente do que as pessoas imaginam dele, com aquele ar prepotente que ele passa», garante Carlos Alberto.

Para o brasileiro, Mourinho é «humano, sensível, amigo». No trabalho é diferente. «Tem de ser durão! Mas é um treinador que me ajudou muito», admite.

Passaram sete anos desde a noite de glória em Gelsenkirchen. Carlos Alberto já vai no nono clube da carreira. Tem...26 anos.