O antigo selecionador da argentina, Carlos Bilardo, que levou a albiceleste à vitória no Mundial de 1986, ainda não foi informado da morte de Diego Maradona.

Bilardo sofre de síndrome de Hakim-Adams, uma doença neurodegenerativa e a família optou por omitir o falecimento do amigo, pois teme um eventual agravamento do estado de saúde do antigo técnico.

«Ele está num apartamento com um enfermeiro, mas o enfermeiro já sabia que quando algo assim acontece tem que desligar a televisão. Cortaram a televisão dele, [disseram-lhe] que o cabo estava estragado. O Carlos gostava muito dele e [saber da notícia] iria fazer-lhe muito mal», revelou o irmão, Jorge Bilardo, à Radio Provincia.

A dupla, que levou a Argentina à glória em 1986, teve uma relação marcada por várias discussões, mas o irmão sublinha a proximidade entre os dois. «Ele era um filho para Carlos», frisou.

Além de se terem cruzado na seleção, Bilardo e Maradona trabalharam juntos no Sevilha, em 1992 e 1993 e, mais tarde, voltaram a encontrar-se no Boca Juniors, em 1995. Já em funções distintas, Maradona assumiu o cargo de selecionador argentino em 2008, enquanto Bilardo era diretor geral na Federação.