Carlos Queiroz explicou nesta segunda-feira por que votou em Lionel Messi na Bola de Ouro 2013. O selecionador do Irão disse que votou vencido.

«No Irão, o voto não é do selecionador nacional, embora assuma a responsabilidade de o subscrever, é um voto coletivo, no qual participam todos os treinadores da I Divisão do campeonato iraniano. Eu, como selecionador, respeitei democraticamente a decisão e tive de a subscrever”, justificou Carlos Queiroz, em declarações à Lusa.

Na lista publicada pela FIFA, as escolhas de Queiroz são Messi, Cristiano Ronaldo e Franck Ribéry, por esta ordem.

«Não se pode apelar à democracia e aos valores democráticos quando os partidos ganham as eleições e não aceitar o resultado quando, eventualmente, as perdem. Isso mostra bem o caráter de algumas pessoas e a sua forma de estar na vida», atirou Queiroz ainda sobre o tema.

O ex-selecionador de Portugal argumentou que o sistema de voto muda de federação para federação. «Numas, o voto é exclusivo do selecionador, noutras, este tem apenas um voto entre outros. No Irão participam na votação os treinadores de todos os clubes da I Divisão, noutros países o critério é distinto. Quem é democrata e respeitador das decisões coletivas deve aceitar a opinião dos outros», acrescentou.

«O mundo não começa em Lisboa e acaba em Badajoz, nem começa em Madrid e acaba em Badajoz. Na Malásia passam na televisão mais jogos de certos países do que de outros, no Qatar a televisão tem um protocolo e patrocínio de formação com o FC Barcelona e é natural que a Al-Jazeera transmita mais jogos desta equipa do que, por exemplo, do Manchester United», disse Carlos Queiroz.

A terminar, Queiroz quis sublinhar que o vencedor tinha de ser o madeirense, que treinou no Manchester United e na seleção portuguesa.

«A decisão este ano não podia ser outra, é justa e merecida. Disse-o recentemente quando estive em Portugal. Congratulo-me e felicito o Cristiano Ronaldo», concluiu.