Iguais em (quase) tudo. O quase, que fez a diferença, foi a cabeça de Diogo, impelida de forma fulminante a uma bola cruzada por Ricardo Pessoa, que só deixou em Luiz Almeida reacção para vê-la dentro da baliza. Foi o lance que desequilibrou um jogo muito físico, com oportunidades repartidas e domínio quase igual. Quase, porque o Beira Mar teve mais posse de bola, sem, contudo, tirar partido disso.
Ter mais posse de bola não é sinónimo de perigo. Prova-o o remate de Emídio Rafael à barra (9) num livre directo, quando os aveirenses detinham o comando das operações. Fora desperdiçada a melhor oportunidade da primeira parte. Comando tímido do Beira Mar, muito distante da baliza algarvia, onde só a velocidade dos extremos Vasco Matos e Dedé causavam algum embaraço ao adversário. Duro revés recebeu Rogério Gonçalves, treinador dos visitantes, quando, aos 41 minutos, Dedé lesionou-se sozinho e teve de ser substituído.
Ao som de assobios, os jogadores do Portimonense foram para o intervalo, com os adeptos exasperados com a constante marcha-atrás do seu jogo, deficitário em velocidade e abundante nos passes atrasados. E como o Beira Mar também pouco acrescentou ao ritmo de jogo, os bocejos acompanharam os cerca de dois milhares de espectadores.
A segunda parte trouxe a redenção dos intervenientes, com os dois guarda-redes a sentirem-se... jogadores de pleno direito desta partida. Acabara-se a folga e o jogo conseguiu (finalmente) cativar os presentes. As emoções aumentaram aos 60 minutos, quando Luiz Almeida derrubou Paulo Sérgio dentro da área. Grande penalidade, que Raphael Freitas não aproveitou para inaugurar o marcador, com Luiz Almeida a adivinhar a colocação do remate. Nove minutos depois, a emoção passou para a área algarvia, com Miguel Ângelo a cometer falta sobre Vasco Matos dentro da área, cometendo grande penalidade. Luciano Ratinho, acabado de entrar um minuto antes, acertou na base do poste direito da baliza de Michael, falhando a soberana oportunidade.
No minuto seguinte, Diogo concretizou o momento do jogo, dando preciosa vantagem algarvia, bem defendida até final, apesar das tentativas aveirenses, reforçadas no ataque com a entrada de Roma para a saída do lateral Diogo Luís.

A vitória assenta bem ao Portimonense, que, embora tivesse menos domínio territorial, teve mais oportunidades para marcar.
Ficha de jogo
Quarta eliminatória da Taça da Liga (1ª mão)
Estádio Municipal, em Portimão
Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)
Portimonense
Michael; Ricardo Pessoa, Wellington, Miguel Ângelo e Emídio Rafael; Nuno Coelho; Paulo Sérgio, Tarantini e Carlos Manuel (Diogo, 55); Raphael (Pimenta, 67) e Maxi Bevacqua (Gonzalo, 82)
Treinador: Vítor Pontes
Beira Mar
Luiz Almeida; Primo, Ricardo, Fernando e Diogo Luís (Roma, 79); Fahel e Emerson (Luciano Ratinho, 68); Dedé (João Pedro, 41), Maurinho e Vasco Matos; Mateus
Treinador: Rogério Gonçalves
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0, por Diogo (71)
Disciplina: cartão amarelo a Emídio Rafael (69) e Paulo Sérgio (86); a Fahel (8), Luiz Almeida (60) e Vasco Matos (87)