A velejadora portuguesa Carolina Borges garantiu esta quarta-feira que esteve sempre contactável e que ninguém da Missão Olímpica lusa falou com ela, depois de ter anunciado na véspera a desistência da prova de prancha à vela (RS:X).

«Têm dito que a Carolina está incontactável, mas o meu telefone não toca», disse a velejadora, em declarações à agência Lusa, garantindo que esteve sempre em Weymouth, no sul de Londres, onde estão a decorrer as provas de vela.

Na terça-feira, Carolina Borges enviou uma mensagem por correio eletrónico ao chefe da Missão, Mário Santos, a dizer que não iria competir por motivos pessoais e médicos. «Falei com o Mário Santos. Informei-o do motivo. Há certas coisas que são pessoais e que só devem ser ditas até uma certa extensão. Eu disse a verdade, expliquei-lhes tudo e informei que não podia. Eles não perguntaram qual era o motivo ou o que estava a acontecer. A primeira coisa que soube foram as notícias a dizer que estava desaparecida. Eu estava na Aldeia. São acusações sem fundamento. Houve um mal-entendido», referiu à Lusa.

A velejadora lamentou ainda que o vice-chefe da Missão que está em Weymouth, Rui Reis, não tenha contactado ainda com ela desde que a comitiva da vela chegou a Inglaterra. Na terça-feira, Mário Santos disse que a acreditação de Carolina Borges tinha sido cancelada e que a atleta será alvo de um processo disciplinar.

«Eles alegam que a minha acreditação não está a funcionar, que foi cancelada, mas a minha acreditação está a funcionar. Eu hoje estive na Aldeia Olímpica para ir buscar o meu trapézio e não tive problema nenhum. Eu não estou fora, como têm dito», insistiu.