Carlos Carvalhal não foi a primeira escolha para suceder a Paulo Bento no comando técnico do Sporting, mas garante não ficar incomodado com o rótulo de alternativa a André Villas Boas. O novo técnico leonino relembra o seu trajecto noutros clubes, para justificar a sua entrada em Alvalade.
«Em cada lugar aparecem sempre dez nomes. Oitenta por cento é especulação. Não interessa se foi a primeira ou a 15ª escolha. Sei que sou o treinador escolhido para treinar o Sporting. Não fui escolhido por ter os olhos bonitos, foi por reconhecerem capacidade no meu trabalho», disse Carvalhal, na sua primeira conferência de imprensa como treinador do Sporting.
O novo treinador do Sporting assume alguma surpresa pela altura em que surgiu esta oportunidade, mas acredita que já tinha feito por merecer tal crédito. «Se me perguntassem se esperava ser convidado para um grande depois da época que fiz no Vitória de Setúbal, digo-lhe que sim», começou por dizer Carvalhal. «Sou um treinador com tarimba, não tenham dúvidas. Nenhum treinador chegou a um clube grande pela primeira vez com os pontos altos que eu tive. Difícil é conseguir desempenhos de alta qualidade nos clubes mais pequenos. Tenho um passado já significativo. Alguns colegas de profissão, técnicos de excelência, não tinham este ponto de partida. Sinto capacidade para liderar este projecto», acrescentou.
Nem mesmo o facto de ter um contrato válido por apenas seis meses desmotiva o novo líder do balneário leonino: «Aumenta a responsabilidade de mostrar, até final da época, que tenho capacidade para liderar o Sporting do futuro. Aceitei o desafio com um sorriso nos lábios.»