O projeto de construção de instalações definitivas para o Estoril Open no Jamor, avaliado em 50 milhões de euros, aguarda aprovação do Governo até ao final de maio, revelou João Lagos, diretor do torneio português, nesta quarta-feira. A Câmara de Oeiras é o primeiro investidor conhecido.

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«Só nos falta a autorização da secretaria de Estado do Desporto e do IDP [Instituto Português do Desporto e Juventude] que deverá ser dada até ao final de maio, porque as negociações estão correr muito bem e estou muito otimista», afirmou João Lagos aos jornalistas, no Jamor.

A estimativa é de que em 2015, aquando da 26ª edição, o torneio possa realizar-se já nas novas instalações, cujas obras podem arrancar ainda este ano.

«Mal tenha a licença, que aguardo nos próximos dias, preciso de quatro ou cinco meses para ter o investimento garantido e a partir daí a obra poderá arrancar e deverá estar pronta em dois anos», estimou João Lagos.

A Câmara de Oeiras é o único investidor já garantido do projeto, com a comparticipação de cinco milhões de euros, uma «ambição antiga» segundo o vice-presidente da autarquia, Paulo Vistas, presente no anúncio.

Dois estádios polivalentes (não só para o ténis como para outras modalidades, além de poder servir concertos e espetáculos), um com 10.000 lugares e outro com 5.000, ambos com teto amovível, são as principais características das futuras instalações que, assim, poderão escapar à chuva que, nesta quarta-feira, por exemplo, já forçou várias alterações ao programa.

Este plano implica, ainda, a deslocação do eixo central do Estoril Open na direção do Estádio Nacional e a mudança dos terrenos afetos ao râguebi para outra área, mas João Lagos garantiu que é possível agradar a todos.

«Não irá interferir nem com a Casa das Seleções, nem com o râguebi. Queremos transformar o Jamor numa aldeia olímpica, que possa receber todas as modalidades desportivas e que vai receber ainda uma academia de ténis internacional e uma escola de formação», assegurou o diretor do torneio.