O Estádio Nacional albergou nas últimas épocas o Belenenses, mas agora está prestes a ter um novo inquilino: o Casa Pia.

De regresso ao escalão máximo do futebol português 83 anos depois, os gansos terão de realizar obras no Estádio Pina Manique e por isso não começarão a época a jogar na sua «casa». E é aí que o Jamor entra em equação.

Isso mesmo revelou o presidente do Casa Pia, Vítor Franco, ao nosso jornal. Os contactos informais com a Federação Portuguesa de Futebol já começaram, mas só agora, consumada a subida, vão acelerar – e formalmente.

«O Estádio Nacional é a hipótese mais forte. Agora é que as conversações vão acelerar. Antes andámos sempre no campo das hipóteses. Fomos falando informalmente [com a FPF], o campo tem de estar licenciado pela Liga, o que é o caso do Jamor», começou por dizer.

«Estamos a falar com as entidades competentes, temos de indicar um estádio à Liga, e em princípio é o Jamor. É o que está mais avançado e não há mais nenhuma alternativa credível», acrescentou, antes de reforçar: «Estamos convictos de que será no Jamor.»

Vítor Franco não aponta nenhuma data para o Casa Pia regressar a Pina Manique, mas promete acelerar a situação. Até porque este «é um processo burocrático que não é fácil».

«Vamos fazer obras por fases e a primeira é a lotação, para cumprir os regulamentos da Liga, do IPDJ e da Câmara. Vamos tentar tratar disto o mais rápido possível, mas precisamos da compreensão de todas as entidades. Os processos burocráticos são complicados», lembrou.

«As obras que vamos fazer, para começar, é o aumento da lotação, para cinco mil lugares [mínimo exigido pela Liga], pelo menos numa primeira fase. Mas não é só construir bancadas: é tudo o que diz respeito a questão de segurança, como circulação dos adeptos. E depois terá de ser aprovado por diversas entidades. Também faremos obras nos balneários. Temos de cumprir uma série de exigências.»

Belenenses «liberta» Jamor

Ora, esta provável mudança temporária do Casa Pia para o Jamor também é possível porque o Belenenses vai deixar o Estádio Nacional, segundo já tinha sido adiantado pelo zerozero e confirmado agora pelo nosso jornal.

Com a descida de divisão, a SAD liderada por Rui Pedro Soares considera os 700 mil euros anuais de pagamento pela utilização do recinto da Cruz Quebrada incomportáveis, e decidiu optar por outra solução – já indicada à Liga e na área metropolitana de Lisboa, segundo foi possível apurar.