Dono da baliza do campeão FC Porto, Agustín Marchesín assume que as comemorações foram algo estranhas, dadas as restrições impostas pela pandemia de covid-19, mas acrescenta também que foi essa gratidão ao trabalho dos responsáveis dos «dragões».

«Foi estranho, por tudo o que estamos a viver. Estar longe da família...a minha esposa e o meu filho nem puderam ir ao relvado. É uma situação estranha e difícil para todos. Mas valeu a pena. O título é uma prenda para a família, de certa forma. As pessoas do Porto portaram-se muito bem connosco. Deram material para treinar quando estivemos parados e até a lista do supermercado enviavam para ajudar-nos. Estávamos em dívida com eles», respondeu o guarda-redes argentino aos compatriotas da Tyc Sports.

Marchesín falou ainda da difícil tarefa de substituir na baliza portista Iker Casillas, um ídolo de sempre.

«Claro que isso foi muito difícil. Cheguei a dizer ao Iker, é o meu ídolo. Quando era pequeno estava sempre a ver vídeos dele, foi o guarda-redes do melhor Real Madrid da história. Era alguém que admirava muito, tornei-me guarda-redes por causa dele. Uma das primeiras convocatórias para a seleção foi contra a Espanha, no Estádio Monumental. Ainda agora estive no almoço de despedida dele. São coisas que estavam muito distantes, e de repente estou a vivê-las», afirmou.

Sem planos para voltar à Argentina a breve prazo, Marchesín também garante não pensar numa transferência para outra Liga Europeia.

«Vamos jogar a Liga dos Campeões, e isso é um desafio muito importante para mim. É um sonho. O FC Porto é uma equipa grande, com história internacional. Estou a desfrutar, e por agora não penso no que possa suceder. Sei que estou muito bem, a representar uma grande instituição, e ainda para mais numa cidade linda. Não pensamos no que pode suceder, mas sim no desafio da Liga dos Campeões que vamos ter no próximo semestre. Quero preparar-me para isso», concluiu.