O Sporting não conseguiu chegar a conclusões quanto à eventual participação do antigo vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão no processo de denúncia caluniosa, no chamado «caso Cardional». O Conselho Fiscal e Disciplinar do clube tinha aberto um inquérito para apurar factos, mas esta comissão chocou com as limitações impostas pelo segredo de justiça, uma vez que também está a decorrer uma investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

«No que diz respeito à eventual participação daquele vice-presidente nos atos que consubstanciaram a referida denúncia caluniosa os limitados poderes investigatórios da comissão de inquérito, em virtude do processo se encontrar em segredo de justiça, impedem-na de confirmar ou infirmar a realidade desses factos», lê-se no comunicado publicado pelo clube.

Apesar das limitações, o clube revela que não detetou o envolvimento do antigo dirigente em «irregularidades que são apontadas pela comunicação social». O comunicado diz ainda que, depois de aberto o inquérito, «foram divulgadas um conjunto de outras notícias envolvendo aquele vice-presidente na alegada prática de novos crimes que extravasam a mencionada investigação criminal por denúncia criminal».

Nestes casos, «o Conselho Fiscal e Disciplinar propõe que o procedimento de inquérito fique a aguardar a conclusão da acima referida investigação criminal em curso, para então se poder aprofundar o conhecimento dos factos que se encontram em segredo de justiça e apreciar a sua eventual relevância disciplinar».