As reações ao lamentável episódio Luisão na Alemanha foram exatamente as que se esperavam.
Os responsáveis do Benfica começaram de imediato a tentar erguer uma cortina de fumo que impedisse uma visão clara sobre o que se passou, e respectivas consequências. Difícil, até poque Luisão é alto.
Os adeptos do Benfica envolveram-se, também de imediato, na construção das mais delirantes teses sobre a veia artística de árbitro e familiares.
Na resposta, os adeptos de outros clubes portugueses riram-se. Uns e outros recordaram casos passados, com jogadores de diferentes emblemas e épocas.
Uns minutos depois do episódio, as redes sociais estavam repletas de comentários que mais não eram do que lixo.
Apesar de todo o ruído, o óbvio está a acontecer.
O árbitro, depois de se levantar do relvado, chegou ao balneário e deu conta do que se tinha passado. Como hoje em dias as imagens se propagam a uma velocidade difícil de acompanhar, as autoridades que dirigem o futebol quiseram saber o que fazia um juiz de costas num relvado, durante um jogo, ainda que particular.
A federação alemã explicou esta quarta-feira ao Maisfutebol que já remeteu toda a informação para a FIFA e fará o mesmo com a federação portuguesa.
O materal será analisado, um inquérito aberto e uma conclusão obtida. Espera-se que em algum momento do processo os responsáveis do Benfica tenham oportunidade de expor a sua versão da queda do árbitro. É o mínimo.
Até que esse momento chegue, o que temos assistido é uma tosca e ineficaz tentativa, dos dirigentes «encarnados», de reconstruir o que se passou em Dusseldorf.
Aquele momento de Luisão já não é possível apagar. Resta esperar pela interpretação de quem terá a tarefa de o avaliar. Já tudo o que foi dito depois por responsáveis do Benfica era evitável. Além de inútil.
P.S. : A minha opinião sobre o lance: Luisão (além de Maxi e Carlos Martins) já tinha idade para saber comportar-se de outra forma. É evidente que não tentou agredir o árbitro. Mas colocou-se a jeito para um acidente. E não, um capitão não é assim que faz.