O guardião egípcio Essam Al Hadary viajou esta quinta-feira para a Suíça, à revelia do Al Ahly, para assinar contrato pelo Sion. O guarda-redes de 35 anos foi uma das figuras do Campeonato Africano das Nações (CAN), que o Egipto venceu, e perante a proposta do emblema suíço fugiu do Egipto. O Al Ahly, clube orientado pelo português Manuel José, pediu à federação do país para que não emita o certificado internacional de Hadary.
«Disseram-me que o jogador apanhou o avião esta manhã. Fiz alguns telefonemas e confirmei que era verdade», afirmou o treinador-adjunto de Manuel José, Hossam Al-Badri, ao Daily Star do Egipto. «Contámos o caso ao comité de futebol e vai haver uma reunião nas próximas horas», revelou o técnico.
Ora, de acordo com a imprensa do país, o Sion teria feito uma proposta de cerca de 300 mil euros pelo guarda-redes, oferta que o Al Ahly terá rejeitado. Por isso, Al Hadary evocou o artigo 17 de Regulamento de Transferências da FIFA, que determina que um jogador pode rescindir livremente com o clube que o emprega, se tiverem passados três anos desde que assinou contrato, para representar por uma equipa estrangeira. Ou apenas dois, se tiver mais de 28 anos, como é o caso. Ou seja, é uma situação semelhante à do Caso Webster .
Desse modo, e como as transferências na Suíça apenas fecham em Fevereiro, o Sion já requereu o Certificado Internacional do jogador.