António Fiúza, presidente do Gil Vicente, revelou já ter recebido o acórdão da Liga de Clubes que dá conta da subtracção de três pontos e uma derrota no encontro com o Olhanense, mas afirma não existirem provas da culpa de Afonso Ferreira, vice-presidente do clube de Barcelos. A Liga defendeu existirem provas de aliciamento de jogadores. Em declarações ao Maisfutebol, o presidente do clube explicou que vai recorrer da decisão para os tribunais civis, acrescentando que «é tudo mentira».
«Condenaram o Gil e o seu vice-presidente sem provas concretas ou plausíveis. È tudo mentira. Eu próprio já disse que se me mostrassem provas era o primeiro a demitir o vice-presidente, mas até agora isso não foi conseguido. Não há provas da culpa do Gil Vicente», disse António Fiúza.
A decisão da Liga apanhou de surpresa os elementos do Gil Vicente, que esperavam outro desfecho. «Estou estupefacto com a decisão da Liga, pois já recebemos o acórdão e nada diz de que há provas. Continuo a acreditar no meu vice-presidente, até prova em contrário. Não houve provas, por isso, vamos recorrer para o Conselho de Justiça», realçou António Fiúza.
O presidente do Gil Vicente destacou que continua a confiar nas palavras de Afonso Ferreira. «Já falei com o vice-presidente, que continua a garantir-me que está inocente e, até que provem o contrário, vou confiar nele. Até porque a decisão tem por base escutas telefónicas e alguém acha que com a situação do futebol em Portugal, alguém vai aliciar outro por telefone? Isto não cabe na cabeça de ninguém», acrescentou Fiúza.
Uma perseguição ao Gil Vicente, de acordo com o presidente do clube, explica a decisão da Liga de Clubes. «Não passa de mais uma cilada ao Gil Vicente. Tenho para mim que tudo vem do facto do Gil Vicente ter ganho um processo nos tribunais civis contra as mesmas pessoas que agora voltam a acusar o Gil. O Gil passou a ser um clube a aniquilar, mas vamos pedir responsabilidades a quem na Liga é responsável por tudo isto», finalizou António Fiúza.