O Secretário de Estado da Juventude e Desporto encara com normalidade os castigos de jogos à porta fechada aplicados recentemente a Benfica, Sp. Braga e Paços de Ferreira. Os três clubes foram punidos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, sendo que as «águias» viram-se confrontados anteriormente com decisão idêntica do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). 

«É essencial que haja o cumprimento da lei no futebol e em todas a modalidades. Queremos a defesa da verdade desportiva. Não tem faltado coragem. Pode passar-se a ideia de que está a acontecer algo de invulgar ou anormal, mas não acho que seja. Estão a ser cumpridas regras e a serem conhecidas sanções. O fundamental é o que elas significam para a melhoria do sistema desportivo. Isso é positivo», disse João Paulo Rebelo, à margem de uma homenagem a Nélson Évora pelo 10º aniversário da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Questionado sobre o «timing» dos castigos, tendo em conta que há processos anteriores pendentes de recurso, nomeadamente relativamente ao Benfica, o Secretário de Estado recusou-se a comentar casos concretos.

«Genericamente, a afirmação é esta: tudo o que contribua para melhorar o desporto em Portugal tem o Secretário de Estado do Desporto a defendê-lo. O cumprimento das regras e leis contribui para um melhor desporto e por isso merece a minha simpatia», acrescentou, citado pela agência Lusa.

João Paulo Rebelo comentou ainda a polémica em torno do IPDJ, com o anterior presidente, Augusto Baganha, a acusar o sucessor (e anterior «vice»), Vítor Pataco, de beneficiar o Benfica relativamente à situação das claques.

«O IPDJ precisa de tranquilidade depois de o seu nome, lamentavelmente, ter sido posto em causa. O IPDJ tem praticamente 400 trabalhadores, que todos os dias dão o seu melhor, a aplicarem as leis e a fazerem tudo como deve ser. Deve ser poupado a histórias e algumas efabulações. Não sei que interesses servem que não sejam pessoais, pequeninos, e que não fazem sentido, dada a grandeza e importância do Instituto», afirmou.