Celsinho chegou ao Sporting a 19 de Agosto de 2007 com estatuto de jovem internacional brasileiro, com apenas 19 anos e com largo futuro pela frente. Era comparado a Ronaldinho, não só pela sua apurada técnica, mas também pelo aspecto físico, com longas extensões no cabelo. Tinha dado nas vistas na Portuguesa dos Desportos, chegou a atrair as atenções dos grandes da Europa, como o Manchester United, mas, com apenas 17 anos, acabou por assinar pelo Lokomotiv de Moscovo que se chegou à frente com uma proposta de 7 milhões de euros.
Na segunda temporada na Rússia, o Sporting encontrou uma oportunidade para resgatar o jovem que perdia encanto na fria Moscovo, procurando tirar dividendos de um jogador ainda promissor e da pressão sobre o clube moscovita que, com o mercado a fechar, baixou as exigências financeiras.
No entanto, em Alvalade, Celsinho nunca se conseguiu impor na equipa de Paulo Bento, somando, ao longo da temporada de 2007/08, apenas 245 minutos, distribuídos por dez jogos, em todas as competições.
Quais eram as suas expectativas quando chegou ao Sporting?
- Na verdade, o recurso pelo Sporting foi após uns três ou quatro meses de mau rendimento na Rússia. Já vinha caindo de produção, até pelo facto de não estar actuando muito no Lokomotiv e acabou surgindo essa hipótese do Sporting. A expectativa de jogar na Liga dos Campeões era grande, até por ser num time conhecido como o Sporting. Para mim era o mais interessante. Só o facto de ter chegado e ter feito, pelo menos, algumas partidas, pelo Sporting, mesmo na Liga dos Campeões, na época, já tinha sido um passo importante.
Encontrou um grupo com muitos brasileiros, a integração no Sporting foi fácil?
- Eu costumava dizer a todas as pessoas que me adaptei muito facilmente ao futebol russo ao povo russo, então a fase de adaptação em qualquer outro lugar do Mundo nunca seria um problema. É óbvio que me ajudou muito, encontrar todos os brasileiros que estavam no Sporting. Isso facilitou o facto de me enturmar mais com o grupo, foi importante.
Estreou-se em Setembro com um empate frente ao Benfica no Estádio da Luz (0-0), mas depois disso não jogou muito mais. O que se passou?
- Não me posso queixar de falta de oportunidades. A carreira de um jogador, ainda mais num clube grande, é feita e resumida nas oportunidades que recebe. Em relação a isso não me posso queixar. As oportunidades foram-me dadas, mas, falando profissionalmente, o meu rendimento nunca foi muito bom em relação ao que já tinha feito no Brasil e na Rússia. Acho que isso acabou me prejudicando um pouco.
No final da temporada esteve a um curto passo de assinar pelo Santos, mas o clube acabou por desistir. Porquê?
- No ano passado foram problemas financeiros, isso acabou dificultando um pouco a transferência para o Santos, mas profissionalmente até foi bom para mim. Acabei por não ir para o Santos e vim para o Estrela. Para mim foi uma experiência renovada.