Celsinho está de volta a Portugal com três ou quatro propostas para voltar ao Brasil. Depois de ter falhado no Sporting e de todos os problemas que acumulou no Estrela, o jovem médio diz que não tem «cabeça para jogar em Portugal». O jogador está sem receber desde Junho e, agora, quer clarificar a sua situação com o clube de Alvalade com quem tem mais três anos de contrato.
Quais são as suas perspectivas para a reunião desta terça-feira?
- O meu objectivo agora é ficar, pelo menos, um ano, ano e meio no Brasil. Não tenho cabeça para ficar em Portugal. Tanto no Sporting como em qualquer outra equipa. É óbvio que se o Sporting reivindicar e quiser que fique em Portugal, no Sporting, eu fico. Mas noutra equipa não tenho cabeça.
Portanto, quer ser emprestado a um clube brasileiro?
- Emprestado em Portugal nos próximos três anos está fora de questão.
A rescisão do contrato por mutuo acordo é uma possibilidade?
- Até agora não. Essa conversa ainda não surgiu. Já falámos em empréstimos para o Brasil, em percentagens, futuras negociações e outras coisas.
O Sporting falou consigo no início da época? O que ficou acordado?
-Estive sempre em contacto com o Sporting. O Sporting deu as duas autorizações para fazer os exames médicos, tanto no Botafogo como no Náutico. Tenho estado sempre em diálogo, quer com a doutora Rita Figueira, quer com o Pedro Barbosa.
Qual era a solução ideal para si? O que vai pedir ao Sporting?
- O ideal para mim era voltar o mais rápido possível para o Brasil com a minha situação resolvida e acertada amigavelmente com o Sporting. Sair com uma proposta concreta para o Brasil, em que pudesse começar a treinar, para chegar ao próximo campeonato em forma.
Que propostas é que tem?
- Ainda não posso falar. Primeiro tenho de apresentar essas propostas ao Sporting para serem analisadas.
E com o Sporting? Está tudo em dia?
- Não tenho nada a apontar.
Não é verdade que está sem receber desde Junho?
- Na verdade não, mas sem polémica. O Sporting comunicou-me com antecedência em relação a isso. O Sporting não parou de pagar sem justificar, isso não aconteceu. O Sporting tem um profissionalismo muito acima dos outros clubes. Fui informado, deixaram-me ao corrente de tudo.
Mas essa situação estava prevista no seu contrato? Existia uma cláusula nesse sentido?
- Não, foi um acordo entre eu, o jogador, e o clube. Até para não haver um desconforto entre as partes, uma vez que eu não estou a treinar.
Se não houver acordo, vai continuar sem receber?
- Não, estou chegando com os meus advogados para conversarmos com os advogados do Sporting para resolver isso. Tanto a parte salarial, como a parte do empréstimo, como as outras coisas.