Fernando Chalana manifestou-se confiante na conquista de uma vitória na Reboleira este domingo frente ao Estrela no decisivo jogo da 29ª jornada da Bwin Liga. O treinador espera que os jogadores dêem sequência à última exibição frente ao Belenenses e, pelo que viu nos treinos, tem «quase a certeza» que o Benfica vai somar três pontos diante de um adversário que vai jogar «solto» depois de ter garantido a manutenção na ronda anterior.
«Espero que façam aquilo que fizeram frente ao Belenenses, com atitude e orgulho. Sabemos que é mais uma final e depois temos outra com o V. Setúbal. Neste momento não se deve falar muito, deve-se fazer mais para ganhar», começou por destacar.
A verdade é que uma vitória pode não chegar, uma vez que o Benfica precisa que Sporting e V. Guimarães escorreguem para chegar ao ambicionado segundo lugar. «Por isso é disse o que disse há duas semanas. Os jogos deviam ser todos à mesma hora. Deve ser assim, o fair play é isso, é o jogo justo. Não sabemos o que se vai passar nos outros campos, sabemos é que temos de ganhar com atitude e com orgulho. Os jogadores deram-me quase a certeza que vamos ganhar. Foram grandes profissionais no campo e se, em prol da equipa, fizerem o que fizeram nos treinos, não vamos ter problemas. Temos de respeitar o Estrela, que no último jogo com o Setúbal garantiu a manutenção. Esperamos que eles estejam mais soltos e nós mais preocupados», comentou.
Chalana quer, assim, uma equipa a exercer uma pressão constante sobre o adversário e sempre à procura da baliza do Estrela. «Quem viu o jogo com o Belenenses, e mesmo nos outros jogos que infelizmente não ganhámos, a equipa jogou sempre para ganhar. A tranquilidade não existe, têm de fazer pressing, ter atitude, ganhar a bola mais vezes e jogar para frente. Não jogar para trás e para os lados, jogar para a outra baliza», explicou.
Rui Costa se estiver a cem por cento joga
O Estrela garantiu a manutenção na ronda anterior, mas para Chalana não haverá muitas vantagens em defrontar um adversário que já não tem tanta pressão. «Dá para os dois lados. A descontracção do Estrela pode ser mais difícil, tal como a pressão se tivessem de ganhar. Nós é que temos de fazer o nosso trabalho, os jogadores têm de entrar com garra para ajudar a equipa a ganhar. Pelos regulamentos só podem jogar 14, não podem jogar 15 ou 16. Às vezes os jogadores ficam magoados por não jogarem, mas titulares para mim são todos. É importante que os que entrem façam o seu trabalho», referiu.
Uma referência ao banco que o treinador não quis particularizar, dando o seu próprio exemplo e recuando ainda mais uns anos, recordando os tempos em que nem havia substituições. «Um profissional deve manter essa postura. Ninguém gosta de ficar no banco, eu também fiquei algumas vezes no banco e quando entrava, entrava com garra e mostrava que podia ajudar a equipa. Por isso é que há suplentes, se não jogavam só onze. Antigamente é que só jogavam onze, às vezes dez quando um se lesionava ou então jogava-se com braços partidos. Essa é a história do Benfica», destacou fazendo alusão a Zé Henriques.
Rui Costa treinou com algumas limitações ao longo da semana, mas Chalana conta com o número dez se este não sentir problemas físicos. «Se estiver a cem por cento joga, se não estiver com certeza que não joga», destacou. Quanto a Léo, que fica de fora por lesão, o treinador preferiu não comentar. «Não gosto de falar de problemas médicos», limitou-se a referir.