A chama olímpica chegou a Pequim, dois dias antes do início dos Jogos Olímpicos e depois de ter viajado ao longo de 140 mil quilómetros e seis continentes. No mesmo dia, a capital chinesa foi palco de uma manifestação em defesa do Tibete, com quatro jovens a conseguir furar a segurança junto ao Estádio Olímpico.
Os jovens, britânicos e norte-americanos e pertencentes ao grupo «Estudantes para um Tibete Livre», conseguiram içar bandeiras e faixas alusivas ao Tibete, que juntavam o lema dos Jogos Olímpicos (One World, One Dream) a uma mensagem política: «Tibet will be free».
«Dias antes do início dos Jogos Olímpicos, e quando todos os olhos estão postos na China, apelamos ao mundo para que se lembre que milhões de tibetanos estão a gritar pelos Direitos Humanos e pela liberdade», afirmou Tenzin Dorjee, director delegado do grupo, que emitiu um comunicado a revelar que a manifestação durou cerca de uma hora até à chegada das autoridades chinesas. De acordo com a agência Nova China, os quatro manifestantes, três homens e uma mulher, que entraram na China com vistos de turista, foram presos 12 minutos depois do início do protesto.
Quanto à chama olímpica, completará o seu trajecto, que começou em Olímpia, no mês de Março, com uma passagem por marcos históricos da capital chinesa. Na Praça Tiananmen foi transportada pelo basquetebolista Yao Ming, talvez o mais famoso desportista chinês.