O Al Hilal está nas meias-finais da Liga dos Campeões asiática depois de ter goleado os sul-coreanos do Gwangju com um categórico 7-0, em Jeddah, num jogo que foi um autêntico passeio para a equipa de Jorge Jesus que sofreu apenas um contratempo com a lesão de João Cancelo ainda na primeira parte. A vencer por 3-0 ao intervalo, a equipa de Riade marcou mais quatro na segunda parte, sem ninguém marcar mais do que um golo. Deu para tudo.

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Um jogo dos quartos de final disputado em apenas uma mão, com o Al Hilal, praticamente a jogar em casa, em Jeddah, a defrontar a equipa que tinha sido uma das grandes sensações dos oitavos, ao afastarem o Vissel Kobe, os bicampeões do Japão.

Com um grande ambiente nas bancadas, o Al Hilal assumiu desde logo as rédeas do jogo, com uma levada posse de bola, diante de um adversário que entrou em campo a defender com uma linha de três, com uma linha defensiva muito permeável, com Renan Lodi e, sobretudo, João Cancelo a conseguirem, desde logo, muito profundidade sobre as alas.

Com um futebol rápido, ao primeiro toque, a equipa de Jorge Jesus chegava rapidamente à frente, onde Malcom e o ex-benfiquista Marcos Leonardo provocavam, depois, desequilíbrios fazendo prevalecer a qualidade técnica pela disciplina que os sul-coreanos procuravam manter na sua área.

A consistência dos sul-coreanos desfez-se em dois tempos, com os sauditas a entrarem por todos os lados e o primeiro golo chegou logo aos 6 minutos, num lance saído do laboratório de Jesus: canto da esquerda marcado por Al Dawsari com Milinkovic-Savic a surgir destacado ao primeiro poste para marcar de cabeça.

Os sul-coreanos ainda ameaçaram o empate, numa transição rápida, travada por Bounou, mas, nesta altura, o Al Hilal já tinha um controlo absoluto sobre o jogo e, aos 26 minutos, chegou ao 2-0: grande passe de Milinkovic-Savic, com Malcom a destacar-se sobre a direita e a cruzar para o primeiro poste onde surge Marcos Leonardo a encostar. O antigo jogador do Benfica festejou com uma máscara parecida com a Gyokeres.

Mais oito minutos e novo golo para o Al Hilal, agora com Marcos Leonardo a fazer a assistência, com um grande passe que permitiu ao capitão Al Dawsari fugir a toda a gente e marcar o terceiro para a equipa saudita.

Foi logo a seguir ao 3-0 que João Cancelo, em mais um pique sobre a direita, agarrou-se à coxa direita e pediu para sair. O lateral tinha recuperado, há pouco tempo de uma lesão, no mesmo local, pelo que pode ser uma reincidência.

O Intervalo chegou logo a seguir, com o Al Hilal já com um pé nas meias-finais, não só pela vantagem de três golos, mas pelo controlo quase absoluto que mostrou ao longo do primeiro tempo. Se ainda havia dúvidas, o Al Hilal marcou o quarto, logo a abrir o segundo tempo, por Mitrovic.

A partir do 4-0, Jorge Jesus começou a gerir a equipa, poupando algumas das principais peças, mas a exigir o máximo de quem saltou do banco. A superioridade dos sauditas foi ainda mais evidente na segunda parte, com uma posse de bola ainda mais elevada, face a um adversário cada vez mais desorientado em campo. Malcom, o único elemento do ataque que ainda anão tinha marcado, fez 0-50, aos 79 minutos, depois de uma rápida combinação com Mitrovic.

Sem nada a perder, os sul-coreanos ainda procuraram dar um ar da sua graça, mas quando subiram no campo, acabaram por consentir mais dois golos na ponta final do jogo, com os suplentes Nasser Al Dawsari e Al Hamddan a também fazerem o gosto ao pé.

O Al Hilal vai agora aguardar pelo resultado do embate entre os compatriotas do Al Ahli e os tailandeses do Buriram United, para saber quem vai defrontar na meia-final que está já marcada para a próxima terça-feira.