O Chelsea voltou a ser feliz no estádio onde em 2003 realizou o primeiro jogo da era de Roman Abramovich. Com uma goleada aos eslovacos do Zilina (4-1), a equipa de Carlo Ancelotti destacou-se no comando do Grupo F, na busca do troféu mais ambicionado pelo oligarca russo. No outro jogo do mesmo grupo, o Marselha afundou-se, em pleno Vélodrome, diante do Spartak Moscovo (0-1).

Há sete anos, a equipa londrina, ainda sob o comando do italiano Claudio Ranieri, dava os primeiros passos depois de Abramovich ter comprado o clube e venceu o primeiro jogo em Zilina por 2-0. Agora, depois de muitas conquistas, a equipa londrina voltou a bater a equipa eslovaca por 4-1, na busca do único troféu que José Mourinho não colocou na sua extensa galeria.

Um jogo fácil para os «Blues» que, com Paulo Ferreira e Ramires no banco de suplentes, marcaram três golos na primeira meia-hora. Essien deu continuidade à sua veia goleadora e abriu o marcador, aos 13 minutos, a concluir uma jogada iniciada por Benayoun e com um passe atrasado de Anelka para o ganês concluir. O francês esteve sempre em plano de destaque e assinou os outros dois golos, com uma diferença de quatro minutos: o primeiro a passe de Malouda, o segundo numa recarga a um primeiro remate de John Terry que tinha sido devolvido pela trave.

A vencer por 3-0, a equipa de Ancelotti travou a fundo na segunda parte, mas ainda aumentou a vantagem, logo a abrir, com mais uma assistência de Benayoun para Daniel Sturridge. O pesadelo dos eslovacos só foi atenuado por uma sucessão de erros do próprio Chelsea: Petr Cech falho na saída a um cruzamento e Ivanovic permitiu que Tomas Oravec acertasse nas redes, numa bola dividida que deixou dúvidas quanto ao autor do golo. Com o Chelsea em ponto de descanso, o Zilini chegou a estar próximo do segundo golo, com destaque para uma cabeçada de Guldan ao lado.

O resultado não voltou a sofrer alterações e o Chelsea destaca-se no topo da classificação do Grupo F, antes de receber o Marselha, no dia 28, em Stamford Bridge.

Nulo no Vélodrome

No outro jogo do Grupo F, no Estádio Vélodrome, o Marselha não conseguiu melhor do que um empate sem golos diante dos russos do Spartak Moscovo, num embate que envolveu dois antigos jogadores do F.C. Porto: Lucho no lado dos franceses, Ibson no lado dos russos.

A equipa do sul de França entrou com vontade de mandar no jogo e, de certa forma, acabou por o conseguir, mas apesar de ter mais posse de bola, foram raras as oportunidades em que conseguiu criar perigo junto da baliza de Dykan. Os russos, por seu lado, contaram com as melhores oportunidades, quase sempre em contra-ataque, aproveitando bem os espaços que os franceses deixavam nas suas costas, com destaque para um remate de Sheshukov no final do primeiro tempo depois de uma saída extemporânea de Mandanda. A segunda parte começou no mesmo sentido, mas Didier Deschamps perdeu a paciência e trocou Brandão por Gignac.

O caudal ofensivo marselhês começou a desaguar mais próximo da baliza do Spartak e as oportunidades dos franceses multiplicaram-se, com Cheyrou e Valbuena em plano de destaque. O golo francês parecia iminente quando, aos 81 minutos, caiu um balde de água gelada no Vélodrome: num rápido contra-ataque, Kombarov destaca-se pela esquerda e, já de ângulo apertado, atira junto ao primeiro poste, contando com um desvio caprichoso de Azpilicueta para a bola retomar a melhor direcção. O nulo já não seria um bom resultado, tendo em conta o equilíbrio de forças no grupo, mas uma derrota será um pesadelo para o Olympique.