O Benfica perdeu 3-1 com o Zenit e complicou bastante as contas do apuramento para a próxima fase da Liga dos Campeões, apesar de estarmos apenas na segunda jornada.

Neste momento, as águias são a única equipa do grupo que ainda não pontuou, sendo que Lyon e Zenit somam quatro pontos.

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Recuemos à antevisão da partida, quando Bruno Lage disse que queria sempre uma «equipa mandona» em campo.

É verdade que ela esteve na Gazprom Arena… equipada de azul e com o símbolo do Zenit ao peito.

Porque da equipa do Benfica viu-se muito pouco.

Muito poucas ideias, quase nenhuma intensidade na disputa da bola e zero jogadas com princípio meio e fim.

Resumindo: uma equipa sem gás para estas andanças.

Perante este cenário, o que se pode dizer é que o 1-0 que se registava ao intervalo – erro na saída de bola do Benfica, com Fejsa a perder a bola em zona proibida - não era mau para aquilo que se vira na partida.

É que os jogadores do Zenit ganharam quase todos os duelos individuais, controlaram a bola conforme quiseram e estiveram sempre mais confortáveis na partida.

E se já assim era no final dos primeiros 45 minutos, na etapa complementar, tudo se manteve.

Ou melhor: tudo, menos a concentração da equipa do Benfica. Essa, saiu do jogo aquando do 2-0, num lance infeliz em que Rúben Dias acabou por fazer autogolo depois de Karavaev ter encontrado uma verdadeira autoestrada no corredor esquerdo das águias.

E voltamos às palavras de Lage na antevisão à partida. O treinador dos encarnados tinha recordado que chegou ao Benfica para treinar os sub-9, foi subindo escalões na formação e que as suas equipas jogaram sempre para ganhar.

Mas se já percebemos que este Benfica fez muito pouco para ganhar, a ideia surge nesta crónica pela referência aos sub-9. Pareceu saído de um jogo de sub-9 o 3-0 do Zenit.

Após uma falta a meio-campo, os jogadores do Benfica desligaram do jogo, Ozdoev bateu de forma rápida e lançou Azmoun para um golo incompreensível a este nível.

Assim sendo, da viagem à Rússia sobra uma boa notícia para o Benfica: a estreia de Raúl de Tomás a marcar. E que forma de o fazer (!) com um remate de raiva à entrada da área que entrou ao ângulo da baliza russa.

Talvez a raiva que tenha faltado no que restou da partida.

[artigo atualizado]