Bernardo Silva foi a grande figura da goleada do Manchester City ao Real Madrid (4-0), ao marcar os dois primeiros golos da equipa inglesa no jogo da 2.ª mão das meias-finais da Liga dos Campeões.

Na semana passada, ainda antes do duelo da 1.ª mão, na capital espanhola, o médio dos citizens avisara que o peso histórico e o símbolo do Real Madrid de nada valiam sem a qualidade dos jogadores dentro de campo.

 

Nesta quarta-feira, após o apuramento do Man City para a final da Champions, Bernardo foi convidado a abordar o tema e deu como exemplo o Benfica. «A camisa é um motivo de orgulho quando se joga num clube de topo. Traz alguma responsabilidade. Mas eu cresci num clube grande em Portugal, no Benfica, e a camisa não joga sozinha. Quando jogava no Benfica, a camisa não jogava por mim. O Benfica é o maior clube de Portugal, mas se eu queria ganhar jogos e campeonatos, tinha de demonstrar dentro de campo. E é isso que nós fazemos sempre. Essa foi a resposta que dei há pouco tempo e que algumas pessoas interpretaram mal, mas no futebol demonstra-se dentro de campo, independentemente da cor e do símbolo que se tem ao peito. Claro que é um motivo de orgulho jogar num clube grande e com grande história. Eu cresci num clube assim como o Benfica e senti o peso dessa camisola, mas também sentia que se não corresse e se não trabalhasse muito, não importava porque ia perder os jogos: essa foi a minha resposta», esclareceu à TNT Sports Brasil.

Minutos antes de Bernardo falar, Pep Guardiola disse ali perto, a outra televisão, que o português era um dos melhores jogadores que já tinha visto na vida. «Muito feliz, porque temos uma relação muito boa e é um dos melhores treinadores da história do futebol, se não o melhor», reagiu o médio de 28 anos. «E receber esse tipo de elogios dele, que treinou das melhores equipas do Mundo, significa muito para mim. É tentar devolver com exibições e ajudar este clube a conseguir o máximo possível. Dar alegrias a estes adeptos que merecem tudo e que lutaram muito por nós esta época e que hoje, mais uma vez, foram impressionantes», referiu.

O Manchester City vai agora defrontar o Inter de Milão naquela que será a segunda final em três anos dos citizens, que há dois anos perderam o jogo decisivo da Champions no Porto com o Chelsea. «É difícil dizer quem é que chega favorito nas finais. Há dois anos as pessoas também diziam que éramos favoritos contra o Chelsea e acabámos por perder essa final. Aquilo que temos de garantir é que preparamos da melhor forma e que estudamos da melhor forma o Inter. Vi o jogo deles e é uma equipa muito organizada e competitiva», avisou.