Durinho, repleto de falhas, mas com vencedor acertado. É este o resumo mais simples da vitória da Juventus sobre o Borussia Dortmund, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Um triunfo por 2-1 que permite apenas um sorriso amarelo e algumas preocupações. Os alemães regressam a casa bem vivos na eliminatória.
 
É verdade que o líder da Serie A foi melhor durante mais tempo, mas também é certo que gozou de alguma proteção do espanhol Mateu Lahoz, o árbitro, essencialmente no capítulo disciplinar.
 
Os italianos abusaram do jogo duro, deixaram Piszczek fora de combate ainda na primeira parte, numa entrada de Pogba que passou em claro, e tiveram a sorte de o árbitro ter fechado os olhos a nova entrada assassina, esta de Vidal, sobre Schmelzer.
 
É verdade que a Juventus também perdeu Pirlo por lesão no primeiro tempo, mas numa situação totalmente diferente: o médio lesionou-se sozinho.

FICHA DE JOGO
 
O lado mais duro do jogo só foi ofuscado pelo errático. E aí as culpas dividem-se. Erros a mais para uma eliminatória com a importância desta.
 
O primeiro foi de Weidenfeller e permitiu a Tevez abrir o marcador. O centro de Morata foi tenso mas na direção da baliza. Pedia-se ao guarda-redes que segurasse a bola, mas largou-a. Tevez encostou ao minuto 13.
 
Um erro e um golo. Mas a Juventus iria fazer o mesmo. Ou pior. Chiellini, quatro minutos mais tarde, escorrega quando era o último homem da defesa. Reus rouba-lhe a bola, entra na área e cobra um autêntico penálti em movimento. Tudo empatado.
 
No único golo do jogo em que não há um erro crasso, a Juventus voltou a passar para a frente ainda antes do intervalo. Foi Morata, agora, a encostar na pequena área, após assistência de Pogba.
 
A vantagem aceitava-se, porque a Juventus tinha sido mais perigosa e o segundo tempo teria de ser jogado com pinças. O Dortmund estava a um golo do empate, mas também tinha a noção de que o 2-1 não era um resultado péssimo. Sofrer o terceiro poderia comprometer de vez a eliminatória.

Talvez por isso, Jurgen Klopp corrigiu a defesa para a segunda parte, lançando Kirch para o lugar de Sokratis, com dificuldades evidentes para ser lateral direito desde a saída de Pizczek. Foi por aquele flanco que surgiram os dois golos italianos.
 
O segundo tempo foi, de facto, bem mais equilibrado, mas as melhores oportunidades voltaram a ser da Juve, sobretudo num remate de Tevez e noutro de Pereyra, o substituto de Pirlo, ambos a rasar o poste.
 
O reencontro dos finalistas de 1997 começa por ser favorável ao derrotado de Munique, mas faltam 90 minutos. Que prometem erros corrigidos, mas a mesma luta de Turim. Será bom de ver, certamente.