José Mourinho voltou a ser despedido do Chelsea, apenas sete meses depois de ter festejado o seu terceiro título de campeão. Sete meses de pesadelo que desfizeram o sorriso do «happy one», o nove cognome e que tinha adotado nesta segunda passagem por Stamford Bridge depois de ter deixado o «special one» para trás.

O treinador português, de 52 anos, tinha regressado a Londres em junho de 2013, depois de ter completado três difíceis temporadas no Real Madrid, de sorriso aberto, apresentando-se como o «happy one» por regressar a um clube que lhe tinha proporcionado os momentos mais felizes na carreira. E a verdade é que José Mourinho voltou a ser feliz em Inglaterra. Na primeira temporada, apesar das sucessivas críticas, a apontar para um futebol demasiado conservador e defensivo, voltou a ser campeão, com oito pontos de vantagem sobre o segundo classificado e ainda conquistou a Taça da Liga.
 

A 7 de agosto renovou contrato, por mais quatro temporadas, como o treinador mais bem sucedido no Chelsea. Na sua galeria pessoal tinha já três títulos da Premier League, dois deles conquistados na primeira passagem (2004/2007). Conquistou ainda uma Taça de Inglaterra (2007) e três Taças da Liga (2005, 2007 e 2015).

Tudo de pernas para o ar no arranque desta segunda época, com nove derrotas em dezasseis jogos, a última delas, por ironia, diante do Leicester de Claudio Ranieiri, tantas vezes alvo de sarcasmo do treinador português. Deixa o Chelsea apenas com um ponto acima da linha de água, a vinte pontos do líder, o Leicester.

Só na Premier League, em 16 jornadas, Mourinho venceu apenas quatro jogos, empatou três e perdeu nove, quando na época anterior, somou apenas três derrotas a caminho do título.

Além dos maus resultados, este início de temporada fica também marcado por uma sucessão de casos e problemas que marcaram a carreira de Mourinho, o mais mediático deles todos, ditou o afastamento da médica Eva Carneiro, depois de mais um empate, diante do Swansea (2-2), em agosto.

Já e outubro, foi suspenso e multado pelas críticas que dirigiu à arbitragem. Voltou a ser suspenso depois da derrota diante do West Ham (1-2) por ter pressionado o árbitro ao intervalo. No total, só nesta segunda temporada, o treinador português pagou 141 mil libras (193 mil euros) em multas por mau comportamento.