O ciclista Francisco Campos deixou de fazer parte da Efapel, depois de ter sido constituído arguido no âmbito das buscas realizadas esta terça-feira à sua casa, confirmou o diretor desportivo, José Azevedo, à agência Lusa.

«Da parte da manhã, o Francisco Campos telefonou-me a dizer que teve uma visita da Polícia Judiciária, que fizeram uma rusga à sua casa, e que foi constituído arguido. Explicou-me o que é que o levou a ser constituído arguido – eu não vou divulgar isso, porque acho que é algo privado e diz-lhe respeito a ele», começou por dizer.

Depois de ouvir as explicações do ciclista que iria alinhar na Volta a Portugal, que começa quinta-feira, o diretor tomou a decisão de rescindir automaticamente o contrato do jovem de 24 anos, que representou a W52-FC Porto entre 2019 e 2021.

«Nesta equipa, há um código interno que eu, desde o início do projeto, expliquei aos corredores, e do qual não nos movemos, não cedemos, nem admitimos. Por incumprimento dessas regras internas da equipa, eu, depois de ouvir as explicações do Francisco, ele estava para fazer a Volta a Portugal e foi imediatamente substituído, imediatamente a sua atividade dentro da equipa Efapel foi suspensa, e deixará de fazer parte deste projeto», afirmou.

José Azevedo reforçou ainda que não admite qualquer «incumprimento com o código interno da equipa». Francisco Guerreiro vai substituir Campos no alinhamento da 83.ª Volta a Portugal.

Refira-se que a Polícia Judiciária realizou buscas, esta terça-feira, «em locais ligados a equipas de ciclismo» no âmbito da operação ‘Prova Limpa’, com o objetivo «principal de recolha de prova, nomeadamente documentação».