Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) concluiu a 19.ª etapa da Volta a França no segundo lugar e é o virtual vencedor da prova, não escondendo a felicidade por ter alcançado tal feito.

«[A vitória no Tour] significa tudo. É realmente incrível. É difícil para mim descrevê-lo em palavras. É a maior vitória no ciclismo. E nós conseguimos», começou por dizer o emocionado camisola amarela.

Vingegaard reconheceu que, desde o ano passado, quando foi segundo atrás do ainda bicampeão, Tadej Pogacar (UAE Emirates), acreditou que podia vencer o Tour. O dinamarquês, de 25 anos, diz sentir «ao mesmo tempo um alívio» e «felicidade e orgulho».

No domingo, vai consumar-se o primeiro triunfo de Vingegaard na geral de uma grande Volta. O ciclista assumiu que no início da prova deste sábado tinha no pensamento aquilo que aconteceu a Primoz Roglic em 2020, quando o esloveno perdeu a amarela para Pogacar no contrarrelógio da penúltima etapa.

«Claro que acho que todos estávamos a pensar no que aconteceu há dois anos. Não diria que estava com medo disso, mas, pelo menos, estava nas nossas cabeças. Não queríamos que acontecesse novamente, por isso, só queríamos lutar hoje pelo melhor resultado possível na etapa», explicou.

O dinamarquês até esteve muito próximo de vencer a 20.ª tirada, mas, percebendo que a amarela praticamente já não fugia, permitiu ao colega de equipa Wout van Aert ganhar o 'crono', com 19 segundos de vantagem.

«Toda a equipa foi incrível. Mostra quão próximos somos todos dentro da equipa. É o mais especial que temos aqui. Toda a gente fica tão contente pelos outros e eu também estou muito feliz por o Wout ter vencido hoje. Estes tipos são verdadeiramente meus amigos, irmãos diria», destacou.

Depois da contenção na ‘flash-interview’, o camisola amarela foi mais expansivo na conferência de imprensa.

«Amadureci, cresci. Creio que tudo isso me ajudou a ganhar o Tour», analisou, antes de abordar a relação com Pogacar: «Temos uma boa relação, não nos encontramos fora das corridas, mas respeitamo-nos, é um grande tipo e um dos melhores ciclistas do mundo.»

«Estou orgulhoso daquilo que conseguimos, mas não me vou conformar. Quero ganhar mais. Não sei quantas vezes vou vencer [o Tour]. Não estabeleço objetivos de ganhar cinco [o recorde], mas sei que quero voltar a lutar pela vitória e imagino que o Tadej também, por isso, vamo-nos enfrentar novamente», acrescentou.