Dez ciclistas da equipa W52-FC Porto foram constituídos arguidos no âmbito do processo «Prova Limpa», no qual foi detido o diretor desportivo Nuno Ribeiro, e que investiga o uso de substâncias ilícitas, disse à Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, todos os sete ciclistas que estavam, na altura das buscas, hospedados num hotel em Trancoso, no distrito da Guarda, no domingo, para participar no Grande Prémio O Jogo foram constituídos arguidos, juntamente com outros três.

Os dez corredores foram submetidos nesse dia a controlos antidoping, sem que os resultados ainda sejam conhecidos, acrescentou a mesma fonte.

Depois de detido e presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, Nuno Ribeiro ficou com as medidas de coação de proibição do exercício de funções como diretor desportivo, sujeito a apresentações semanais às autoridades policiais e impedido de contactar outros arguidos no processo.

Também José Rodrigues, diretor desportivo da equipa sub-23 Fortunna-Maia e adjunto de Nuno Ribeiro na formação azul e branca também detido pela Polícia Judiciária (PJ), ficou sujeito às mesmas medidas de coação.

A investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, indicou a mesma fonte judicial à Lusa, sublinhando que o processo teve origem numa denúncia de um inspetor-chefe da PJ, elemento da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).

O antigo ciclista Nuno Ribeiro, vencedor da Volta a Portugal em 2003 e desapossado do triunfo de 2009 por doping, e José Rodrigues, foram detidos, no domingo, no âmbito da operação da PJ designada «Prova Limpa», para a deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas em provas de ciclismo.