O ciclista espanhol Raúl Alarcón reiterou a sua inocência e a confiança no recurso apresentado na justiça civil suíça à suspensão confirmada pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que lhe retirou duas edições da Volta a Portugal por doping.

«Defendi sempre a minha inocência e continuo a fazê-lo perante os tribunais suíços, onde espero encontrar a justiça, que, até agora, me tem sido negada», escreveu Raúl Alarcón, na sua página oficial no Facebook.

O TAS rejeitou o recurso do ex-corredor da W52-FC Porto da suspensão por quatro anos imposta pela União Ciclista Internacional (UCI), até 20 de outubro de 2023, e a anulação de todos os resultados desportivos do ciclista espanhol entre 28 de julho de 2015, data do primeiro resultado adverso, e 21 de outubro de 2019.

«O painel considera que o perfil [hematológico] do corredor evidencia uma grande possibilidade de manipulação sanguínea, cujo timing reforça esta conclusão, uma vez que estas anomalias coincidem com a Volta a Portugal de 2015, 2017 e 2018», pode ler-se na decisão do TAS ao recurso do espanhol, datada de 28 de janeiro.

Agora, o espanhol, que sempre clamou a sua inocência, alegando que «há vários fatores que afetam o volume do plasma e que influenciam os parâmetros hematológicos, que não estão relacionados com práticas dopantes», vai contestar novamente esta decisão desfavorável.

«Quero comunicar, face às recentes notícias que apareceram nos meios de comunicação, que a decisão adotada pela UCI e pelo TAS não é definitiva, já que as contestei perante os tribunais federais suíços, por considerá-las injustas. O processo está pendente», escreveu hoje Alarcón.

O nome do ciclista espanhol já foi eliminado pela UCI dos historiais de 2017 e 2018 da Volta a Portugal, que promoveu a vencedores, respetivamente, Amaro Antunes e Joni Brandão.