O ciclista espanhol Alejandro Marque lamentou ter de utilizar, esta quarta-feira, no arranque da sexta etapa da Volta a Portugal, a camisola amarela que pertencia ao português Daniel Freitas, da Rádio Popular/Boavista, equipa que abandonou esta manhã a 82.ª edição da prova, devido a um novo teste positivo à covid-19, o de Luís Fernandes (depois de João Benta e Tiago Machado).

Quando surgiu o rumor de que Daniel Freitas não iria alinhar na etapa de 182,4 quilómetros entre Viana do Castelo e Fafe, Marque foi perentório em afirmar que não queria a amarela, mas acabaria informado de que herdaria mesmo a veste.

«Esta camisola pertencia ao Daniel Freitas. Por termos regulamentares, temos de a levar, se não, por respeito, gostaria que hoje não houvesse camisola amarela, em homenagem a ele», disse Marque, citado pela Lusa.

À saída do autocarro da equipa Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel, Marque levava a amarela com a inscrição ‘Dani Freitas’ rabiscada no tecido. «A minha pequena homenagem é levar o seu nome aqui, porque esta é dele. No fim da Volta, vou entrega-la a ele. É algo muito especial levar isto, ele está a perder um dia de que iria desfrutar ao andar pelas estradas da sua zona, perto da sua terra [Famalicão]. Isto vai para a sua família», afirmou o galego, que estava a 42 segundos de Daniel após a quinta etapa, que terminou em Santo Tirso, na terça-feira.

Assim, o vencedor da Volta de 2013 é novamente líder da geral, com cinco segundos de vantagem sobre Amaro Antunes (W52-FC Porto) e 25 sobre Frederico Figueiredo (Efapel).