Bradley Wiggins, primeiro ciclista britânico a vencer o Tour, em 2012, manifestou-se «horrorizado» pelas suspeitas levantadas a propósito de um pacote misterioso que lhe foi entregue, em 2011, quando representava a Team Sky, no decorrer da prova do Criterium Dauphiné. O antigo ciclista, agora com 36 anos, promete «chocar algumas pessoas» quando puder falar sobre a polémica que está ainda sob investigação.

«Seres acusado é o pior que pode acontecer quando és um homem íntegro. Tem sido horrível. Felizmente está a decorrer uma investigação e obviamente não posso estar a comentar, temos de deixar a investigação seguir o seu rumo. Depois direi o que tenho a dizer. Há muito para dizer e vai chocar algumas pessoas», destacou Wiggins citado pela BBC.

A Team Sky já admitiu que foram cometidos erros de procedimentos na entrega do pacote na prova do Criterium Dauphiné, mas nega que tenham sido quebradas as regras do antidoping. Apesar de tudo, a equipa não conseguiu apresentar provas para sustentar a defesa de Dave Brailsford, o patrão da equipa, que já tinha dito que o que foi entregue a Wiggins foi um descongestionante legal.

O ciclista britânico sofria de asma e tinha recebido uma autorização para tomar triamcinolone antes e depois do Tour de 2011 e de 2012 (o que acabou por vencer) e no Giro de Itália de 2013. O Departamento de Cultura, Media e Desporto procura respostas que relacionem o misterioso pacote com as terapêuticas autorizadas a Wiggins, mas critica a forma como a equipa arquivou os registos desses anos. A Team Sky, por seu lado, manifestou-se «confiante» quanto aos resultados da investigação.