[artigo atualizado]

Um fenómeno. Intocável. Tadej Pogacar (UAE) ganhou pelo segundo dia seguido nos Pirenéus e mostrou estar num nível à parte. O esloveno pedala na estratosfera, aparentemente sem grande esforço, e gere como quer o Tour de France. Um campeão à espera do pódio nos Campos Elísios. 

A 18ª etapa tinha duas grandes dificuldades. Primeiro, a ascensão ao assustador Tourmalet; depois, a subida final com a meta em Luz Ardiden. 

No Tourmalet, cujo topo estava a cerca de 30 quilómetros da chegada, o português Rúben Guerreiro (EF Education) foi o terceiro a passar. Guerreiro entrou na fuga certa e foi resistindo ao peso da subida, mantendo-se com Pierre Latour e David Gaudu praticamente até ao fim do Tourmalet. 

Guerreiro acabou por pagar depois o esforço mas, ainda assim, fechou o dia com um excelente 22º lugar e continua bem dentro do top-20 na geral. É 18º classificado.

Na corrida dos candidatos à vitória, Pogacar exibiu a superioridade do costume. Que ciclista! Dominador de sorriso nos lábios. Nos últimos cinco quilómetros, o pelotão da frente foi-se desfazendo até passar a quinteto (Pogacar, Vingegaard e Carapaz, os três melhores, mais Mas e Kuss) e, no fim, a quarteto: Kuss não aguentou. 

Enric Mas (Movistar) ainda tentou um ataque, mas a resposta de Pogacar foi suave e, ao mesmo tempo, demolidora. Se nada de estranho ocorrer, no domingo ganhará o segundo Tour da sua curta carreira. Tem só 23 anos.  

Rui Costa chegou no 110º lugar e perdeu quatro postos na geral, baixando para o 77º.