Cissokho continua nas bocas do mundo. Sobretudo em França, que o procura para abrir o coração e falar da volta de 180 graus que deu na vida em seis meses. Nesta quinta-feira falou ao jornal Aujourd hui Sport e fez várias revelações curiosas. Falou da estreia em Portugal, da vida no Porto, da pressão dos clássicos, do carácter de Jesualdo e de uma justificação para com Ronaldo.
A festa do título, como deve ser
Cissokho revelou o que se seguiu à celebração do título no relvado, perante os adeptos do F.C. Porto. Depois disso os jogadores juntaram-se e celebraram eles próprios na intimidade do grupo. «Festejamos como deve ser! Restaurante, discoteca...», contou o francês, referindo que foi uma grande alegria que invadiu o grupo.
«No início tinha problemas em compreender o que estava a acontecer comigo. Tudo surgiu muito depressa, mas agora percebo. O título de campeão é uma recompensa para mim, para todos os sacrifícios que fiz. Naquela altura pensei muito nas pessoas que não acreditavam em mim quando lhes disse que vinha para Portugal.»
O pedido de desculpas a Ronaldo
A eliminatória da Liga dos Campeões foi um dos momentos altos da carreira de Cissokho no F.C. Porto. Até porque representou a presença do francês na maior prova de clubes da Europa. «O Manchester é a minha memória mais bonita. É a equipa que apoio desde pequeno. Naquele dia jogava com os tipos que tinha em posters no meu quarto.»
Mas há mais do que isso. «E depois descobri Old Trafford e a cidade de Manchester... Estava nas nuvens, como um miúdo num sonho.» No fim, diz, foi falar com o português Ronaldo. «Fui a correr ter com ele. A imprensa deturpou algumas palavras minhas e fui dizer-lhe que era falso que tivesse dito que ele era um jogador como outro qualquer.»
Os clássicos, mais emocionantes que a Champions
No F.C. Porto Cissokho experimentou a emoção de um clássico. «É o tipo de jogos que você não quer perder! Tem quase mais pressão do que um jogo da Champions. Da parte da imprensa, das pessoas... todos estão apenas à espera deste jogo», conta. «Foi também uma oportunidade para rever um outro francês, Hassen Yebda. É um bom jogador.»
Jesualdo fica, diz o francês
A entrevista ao Aujourd hui Sport passou também por Jesualdo Ferreira. Para quem Cissokho só tem elogios. «Deve ficar no F.C. Porto. Ele é o chefe. Tem um lado paternal. Fala com todos os jogadores e não exclui ninguém», garante o lateral francês, para quem Jesualdo é especial: «Se ele partisse, isso seria uma enorme perda!»
A aventura no F.C. Porto, onde é amado
Por fim o F.C. Porto, claro. «Quando eu cheguei fui muito bem recebido pelos jogadores do clube. Sou um sortudo: todos me amam muito aqui. Muito depressa o treinador me deu a titularidade na Liga, durante um jogo com o Sp. Braga. Tinha uma vantagem, conhecia a Liga e sabia o que me esperava. Fiz um bom jogo», terminou.