Uma das claques mais importantes do Zenit, a Seleção 12, emitiu um comunicado profundamente racista numa das páginas de adeptos russos. O comunicado tem tido grande divulgação um pouco por toda a europa e já mereceu o repúdio da direção do clube e do próprio treinador Spaletti.
No referido comunicado, a claque manifesta-se contra os jogadores negros e latinos, dizendo que apenas quer atletas eslavos, bálticos ou escandinavos. Pelo meio diz-se também contra os gays, lembrando que está numa cidade que aprovou uma lei que proíbe a promoção da homossexualidade.
Ora este comunicado já mereceu a resposta do clube. Através também de um comunicado enviado ao jornal R-Sport, a direção do Zenit garante que «os jogadores entram no plantel do clube não pelas nacionalidades ou pela cor de pele, mas pelas qualidades desportivas e pelas capacidades».
«A política do clube é desenvolver e integrar-se na sociedade do futebol mundial e não defender pontos de vista arcaicos», acrescenta o clube. O treinador Luciano Spaletti, ele próprio um latino, acrescentou que «o Zenit prova com o seu trabalho que o clube entende o que é tolerância».
Leia parte do comunicado dos adeptos do Zenit:
«Nós não somos racistas, mas a ausência de jogadores negros nas equipas do Zenit é uma importante tradição que enfatiza a identidade do clube e nada mais.
Nós como o clube mais setentrional das grandes cidades europeias nunca compartilhámos a mentalidade de África, América do Sul, Austrália ou Oceania. Nós apenas queremos jogadores de outras nações eslavas, como Ucrânia e a Bielorússia, assim como dos países bálticos e escandinavos. Temos uma mentalidade, história e cultura como estas nações.
Grande parte desses campeonatos é jogada em climas duros. Nessas condições, às vezes é difícil para os jogadores técnicos de países quentes exibirem seus talentos no futebol de forma completa. Queremos jogadores mais próximos da nossa alma e mentalidade para jogar pelo Zenit. E somos contra a inclusão de representantes das minorias sexuais na equipa».