A FIGURA: Bryan Ruiz 

Talvez o melhor entre aquilo que de melhor mostrou o Sporting no seu todo. Bom drible no um para um e perante a pressão portista meio campo. E classe, à medida que já a mostrou ter com outra característica própria do costa-riquenho: a calma. Um dos melhores do Sporting, numa primeira parte apagada do leão. Reentrou ativo e preciso, dispôs de uma das melhores ocasiões dos leões, aos 48’, num cabeceamento defendido a dois tempos por Casillas. O esforço refletiu-se em algum desgaste nos instantes finais do clássico.

FC PORTO-SPORTING, 2-1 (crónica): Soares é fixe e Casillas é «San»

Alan Ruiz celebra o golo do Sporting

O MOMENTO: Minuto 40. Schelotto e Semedo, um olhar sôfrego ao êxito contrário

A incrível defesa de Casillas a cabeceamento de Coates para lá da hora é decisiva. Mas o resultado final, em prejuízo dos «leões» remete-nos ao minuto 40. O italo-argentino dentro da baliza. O central português, para lá da linha de fundo. Em comum, a incapacidade de terem travado a velocidade de Tiquinho Soares para o segundo golo do FC Porto. Ambos de joelhos, num olhar sôfrego e num contraste total ao êxito do avançado portista. Um lance e um golo que seria decisivo para a equipa da casa somar os três pontos.

FC PORTO-SPORTING, 2-1: OS DESTAQUES DOS DRAGÕES

OUTROS DESTAQUES:

Gelson Martins 

Explosivo e imprevisível no drible, como mostra, de forma crescente, de alguns meses a esta parte. Apagado após 15 minutos iniciais de destaque, reapareceu com eficiência no segundo tempo para ser o que tinha sido na parte inicial do encontro. Muito o ajudou o melhor apoio dado por Schelotto nessa fase, no corredor direito. Sem medo de partir para cima de Alex Telles, oponente direto. Mereceu atenção constante dos dragões.

João Palhinha

A missão de substituir pela primeira vez William Carvalho no onze inicial seria, por si só, motivo de responsabilidade, numa zona nuclear a meio campo e num jogo deste calibre. Teve sacrifício na tentativa de dar o melhor. E demonstrou-o, da reação à perda de bola aos lances na dividida aérea. A missão era exigente, a exibição não roçou o brilhantismo, mas esboçou um jogador capaz, comprometido, apto para palcos de maior e à espreita de um lugar regular no onze. O erro grotesco no primeiro golo do FC Porto obriga-nos a dar-lhe nota negativa.

Adrien Silva

Discreto na primeira parte, consequência de um período de jogo algo confuso e atabalhoado no que tocou à capacidade posse de bola «dragões» e «leões». Melhorou – e muito – no segundo tempo, algo que se refletiu na maior capacidade do Sporting em anular, de forma natural, a desvantagem de dois golos. Teve rótulo de capitão ao dar calma à equipa nos lances mais quezilentos.

Alan Ruiz

Toque sul-americano saído do banco para uma segunda parte de rendimento superior do Sporting, por oposição à primeira. A receção de bola e o remate de primeira para golo acentuaram prestação e rendimento superiores ao dado pelo seu sacrificado, Matheus Pereira. Deu esperança aos homens de Jorge Jesus, mas não logrou evitar um resultado negativo.