A figura: Uribe
Surgiu três vezes em ótima posição para atirar, duas no primeiro tempo, uma no segundo até que à quarta, não perdoou. Mas Uribe foi muito mais do que tentativa e golo. O colombiano foi o dinamizador do futebol portista nas duas vertentes: ofensiva e defensiva. Ou seja, numa linguagem simples, fechou e recuperou bem e deu sequência, com vários bons passes, à construção azul e branca. Se havia alguém a merecer marcar, era Uribe. Belíssimo jogo do médio, que não foi espetacular, mas foi um espetáculo como diz Conceição e deu sequência. O melhor em campo, o MVP. Dos dois lados.
Destaques do Benfica
O momento: minuto 76
O FC Porto perdia por 1-0 e tinha posto a cara de recuperação desde aí. Uribe já tinha chegado à área do Benfica noutras ocasiões, mas o passe de João Mário foi demasiado bom para se desperdiçar. O dragão empatou o clássico ali, mas mais do que isso, terá garantido vários milhões de euros.
Outros destaques
Luis Díaz
Aposta para o lugar de Corona, Luis Díaz apontou à área encarnada. No lado esquerdo do ataque portista, procurou desequilibrar com movimentos habituais: busca da profundidade e drible para dentro, em busca do pé direito. Foi por ali um dos caminhos do FC Porto para desassossegar as hostes rivais. Foi dele o primeiro e o último remate do jogo.
João Mário
Entrou para fazer o que fez: usar o talento que tem e desequilibrar. No caso, serviu Matheus Uribe para o golo, numa jogada que ele próprio criou. O empate saiu do talento de João Mário e da eficácia do colombiano.
Marega
Sérgio Conceição não abdica dele e Marega trouxe para a Luz o que melhor tem. Poder físico, profundidade no jogo, a obrigar os defesas irem a duelos ou a terem de ler bem a antecipação. Fugiu nas costas da defesa algumas vezes e, nessas, causou perigo, sobretudo num cruzamento ótimo para Taremi, que o iraniano não concretizou em estatística de assistência para o colega. Na segunda parte, tentou surpreender Helton, com um remate imprevisível e depois saiu, porque também nem ele era o Marega do primeiro tempo, nem o jogo era a mesma coisa.
Taremi
A primeira vez que se deu conta a sério dele foi na segunda parte, quando intercetou de cabeça um lance na área do FC Porto. De seguida, cabeceou por cima. E depois saiu. O lado negativo do clássico de azul e branco.