O árbitro usbeque Ravshan Irmatov admitiu que cometeu um erro no decorrer do Itália-Brasil (2-4), da Taça das Confederações, ao validar um golo para a «squadra azzurra» depois de ter apontado para a marca de castigo máximo, esquecendo-se que no caso de uma grande penalidade não há lei da vantagem.

Taça das Confederações: Itália-Brasil, 2-4 (crónica)

Foi tudo muito rápido, mas o erro é evidente. Depois de uma falta sobre Balotelli na área, o juiz apitou e apontou para a marca de grande penalidade, mas, na continuidade da jogada, Giorgio Chiellini atirou a bola para dentro da baliza e o árbitro, que tinha o dedo apontado para a marca de penalty, rodopiou para apontar para o meio-campo. «Ele admitiu que cometeu um erro», referiu Pekka Odrizola, porta-voz da FIFA.

Um erro que deverá ter consequências, uma vez que Irmatov, um árbitro conceituado no panorama internacional, era apontado como um dos favoritos para a final da competição que está a decorrer no Brasil, mas agora deve ir mais cedo para casa. O porta-voz da FIFA explicou ainda o que terá levado o árbitro a errar, recorrendo às palavras de Irmatov. «Enquanto estava a apitar para o penalty, vi pelo canto do olho a bola a entrar e, na altura, pensei que se aplicava a lei da vantagem e dei o golo».

Nestes grandes torneios organizados pela FIFA é raro os árbitros terem uma segunda oportunidade depois de cometerem um grande erro. No Mundial de 2006, o árbitro inglês Graham Poll foi mais cedo para casa depois de mostrar três cartões amarelos a uma defesa croata, enquanto o seu compatriota Howard Webb também foi dispensado depois de um dos seus assistentes na fase final do Euro-2008.