Então as tais coisas impossíveis de gostar.
A mais estranha é a incapacidade da equipa para gerir o jogo. Em parte terá a ver com alguma falta de confiança e com os diferentes momentos dos jogadores. Fernando é mais ou menos ele próprio, mas Moutinho e Guarín não têm nada a ver. É verdade que em 2010/11 o colombiano assinou uma época como nunca antes, mas mesmo assim esperava-se um pouco mais de equilíbrio e sobretudo um pouco da capacidade de chegar à frente. O português é o primeiro a reconhecer que não está bem. E isso é dizer muito.
Com James não está a ser fácil comunicar (detecta-se ali, de vez em quando, a tentação de tentar resolver como Hulk?) e nestas fases menos felizes parece sempre que Hulk é menos um homem de equipa e mais um super-herói, desesperado, à procura da saída que salvará a cidade.
Kléber não é Falcao, que além de fazer os golos, os fazia de formas improváveis e em momentos imprevistos.
Por fim, a defesa. Nem sinal da anterior fortaleza. Hélton foi decisivo para segurar o empate e isso diz tudo.
Voltando a outra coisa verdadeiramente inquietante: este F.C. Porto é pouco organizado quando ataca e quando perde a bola. Posiciona-se de forma menos rigorosa do que é costume, perde a bola mais vezes do que era hábito. Liga menos o jogo nos flancos e muito por causa disso cria pouco perigo.
O F.C. Porto continua a ter todas as possibilidades de passar a fase de grupos da Liga dos Campeões (veja a classificação do grupo G, claro, mas o que dá que pensar é o facto de estar mal colocado num grupo onde está uma equipa cipriota, um Shakhtar sem o brilho de outros dias e um Zenit que também facilita.
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Afinal, como ataca o Porto? Simples e ineficaz
LC (Grupo G): FC Porto-Apoel, 1-1 (crónica)