Miguel Ángel de las Cuevas Barberá, o carrasco de José Mourinho após nove anos de invencibilidade caseira na Liga, passou por vários clubes espanhóis sem entrar na esfera do Real Madrid. Neste sábado, marcou o tento solitário do Sp. Gijón no Bernabéu (0-1).

150 jogos após o desaire na Invicta, frente ao Beira Mar (2-3), Mourinho viu uma equipa sua tombar em casa, para o campeonato local. O treinador português passou por quatro países, neste período, sem conhecer esse sabor amargo da derrota.

Em 2002, Fary tinha sido o principal responsável pelo choque do português, num F.C. Porto-Beira Mar que afastou definitivamente os dragões do título nacional. Bis do senegalês no reduto da formação portista (2-3). A 2 de Abril de 2011, De Las Cuevas fez o mesmo com o Real Madrid, colocando o troféu espanhol ao alcance do Barcelona.

Miguel De Las Cuevas, curiosamente, esteve a treinar à experiência no Barcelona, nas camadas jovens. Contudo, tinha vínculo com o Valência e não conseguiu rumar à Catalunha. Já como juvenil, seguiu para o Hércules, onde viria a progredir até à primeira equipa. A 21 de Março de 2004, estreou-se na equipa principal. Sete anos depois, assinou uma página histórica.

Em 2006, assinou pelo Atlético de Madrid. No ano seguinte, quando a formação da capital espanhola comprou Simão Sabrosa, o jornal espanhol Marca noticiou o interesse do Benfica em De Las Cuevas, como moeda de troca. Em vão.

O Sp. Gijón adquiriu o passe do médio ofensivo em 2009, com o At. Madrid a garantir uma cláusula de recompra por três anos. Ou seja, o rival do Real ainda controla o jogador que colocou um ponto final no recorde de José Mourinho.

O companheiro do português Castro, actualmente com 24 anos, foi internacional pelas camadas jovens da selecção de Espanha e tem-se afirmado como um valor a ter em conta na Liga do país vizinho. Este golo de sábado aumentou a popularidade do médio do Sp. Gijón.