O centro de estágios e formação desportiva do Benfica, no Seixal, está pronto a receber a equipa de Ronald Koeman, mas a obra de Mário Dias, responsável pela área do património dos encarnados, só vai estar completa no final do ano ou o mais tardar nas primeiras semanas de Janeiro. As estruturas destinadas à imprensa e à formação desportiva são as mais atrasadas, mas os seis relvados, o principal com bancadas, estão prontos a receber os jogadores do Benfica que, esta tarde, foram conhecer de perto o seu futuro local de trabalho.
O projecto avaliado em 15 milhões de euros, distribui-se por cerca de quinze hectares, a meio quilómetro do centro do Seixal, já totalmente vedados, bem junto ao Tejo, com Lisboa ao fundo como cenário. Todas as estruturas já estão de pé, mas há ainda muito trabalho pela frente. Prontos a estrear estão os seis relvados destinados a todos os escalões da equipa encarnada: três com relva natural, com medidas oficiais, outros dois sintéticos e ainda um outro, também sintético, mas de dimensões mais reduzidas, de futebol de sete. O relvado principal já conta com a estrutura de apoio, localizada no interior de uma bancada com capacidade para cerca de 1.800 espectadores. Nestas instalações, os jogadores vão ter à disposição quatro pequenos balneários, feitos com a perspectiva da realização de torneios quadrangulares, e será esta área que já está pronta a receber os jogadores da equipa principal que, segundo Luís Filipe Vieira, irá começar a treinar ali «brevemente», numa data a anunciar.
No entanto, a equipa vai ter um balneário próprio no edifício central, a cerca de vinte metros do campo principal, com todos os equipamentos necessários ao trabalho de uma equipa profissional. O rés-do-chão deste edifico está totalmente reservado ao trabalho técnico de todas as equipas, com balneários separados, com as respectivas rouparias. Os restantes andares da mesma estrutura vão albergar os 62 quartos destinados aos jogadores quando estiverem em estágio, num «hotel» com capacidade para pouco mais de 130 pessoas. Toda esta estrutura já está de pé, mas ainda com betão e tijolo à mostra. Os acabamentos e os interiores deverão estar concluídos até Dezembro.
O primeiro edifício que se vê, quando se entra no Centro de estágio, também ainda em fase de acabamento, está destinado à imprensa, com um auditório, com capacidade para 80 pessoas, onde vão ser dadas as conferências de imprensa da equipa profissional. Esta sala vai ainda contar com o apoio de outras duas, mais pequenas, destinadas a entrevistas individuais. Segue-se a parte administrativa, o refeitório e uma sala destinada ao lazer que vai contar, já no exterior, com uma piscina coberta, com catorze metros de comprimento por sete de largura. A poucos metros de distância encontra-se outro edifício destinado ao lazer e estudo dos escalões de formação.
Além do campo 1, o tal das bancadas, junto ao hotel encontram-se os campos 3 e 4, os outros dois relvados naturais, que se encontram numa posição mais elevada com uma vista privilegiada sobre o Tejo, a poucos metros de distância, e com Lisboa ao longe como pano de fundo. Ronald Koeman e os jogadores, que não tiveram autorização para se pronunciarem sobre as novas instalações, passearam visivelmente satisfeitos nestes novos relvados onde certamente vão passar muitas horas, uma vez que se encontram mais bem resguardados das vistas indesejadas.
Depois de um rápido almoço, no interior das bancadas do campo principal, toda a comitiva regressou ao Estádio da Luz, pela Ponte 25 de Abril, num trajecto que se cumpriu em cerca de meia-hora. Mário Dias, o principal, mentor da obra, que se autodenomina «o homem dos tijolos», também coloca as instalações ao dispor da equipa. Falta agora saber as intenções de Ronald Koeman que, tal comos os jogadores, não teceu qualquer comentário em relação às novas instalações que vai ter à disposição «brevemente».