A SAD do Benfica informou que o resultado líquido do 1.º semestre de 2021/22 ascende 31,7 milhões de euros negativos, atribuindo este valor à diminuição de 69,4 milhões de euros referentes às vendas de jogadores comparativamente com o período homólogo anterior.

Desde 2014/15 que a sociedade encarnada apresentava resultados positivos nos primeiros seis meses de atividade.

No Relatório e Contas, que pode ser consultado na CMVM, é ainda referido que o ativo decresceu 7,9 por cento face ao final do exercício anterior - passou de 523,3 milhões de euros para €481,8M - e o passivo foi reduzido em €9,8M, situando-se agora nos 369,8 milhões de euros.

O capital próprio da SAD encarnada é de 112 milhões de euros, menos 22,1 por cento do que a 30 de junho de 2021.

Neste semestre, o Benfica registou um crescimento considerável (de 79,1 por cento) nos rendimentos operacionais sem transação de jogadores: atingiram os €95,9M (foram €53,5M no período homólogo anterior), o que se deve à participação e desempenho na ase de grupos da Liga dos Campeões e ao regresso do público ao estádio. «De destacar que este valor de rendimentos operacionais sem transações de direitos de atletas está próximo dos níveis pré-pandemia, tendo por referência os 101,9 milhões de euros apresentados no 1.º semestre de 2019/20 e os 93,7 milhões de euros alcançados no 1.º semestre de 2018/19, o que representa um regresso progressivo a alguma normalidade e a uma situação conhecida e controlada. Adicionalmente, de realçar que os rendimentos deste semestre não incluem os 9,6 milhões de euros garantidos com o acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, os quais só serão reconhecidos no 2.º semestre, no momento em que a eliminatória se realiza», lê-se.

Os rendimentos totais do semestre caíram 24 por cento (para €102,6M) face ao primeiro semestre de 2020/21, quando a SAD do Benfica vendeu Rúben Dias ao Manchester City.