A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apresentou 435.976,05 euros de lucro na época 2014/15, uma queda de 66,2 por cento em relação ao último exercício, que era relativo a ano de Campeonato do Mundo.

Os valores estão no Relatório de Atividades e Gestão da FPF, citado pela Lusa, e representam também um valor acima do que estava orçamentado, que era um resultado positivo em 156.369 euros. 

Na comparação com 2012/13, a última época sem uma grande competição, o relatório regista um aumento de oito por cento nas receitas, de 35,337 milhões de euros para 38,265 milhões, e de 7,1 por cento nas despesas (37.829.948 em 2014/15 frente a 35.317.301 em 2012/13).

«A diminuição global dos gastos resulta maioritariamente da diminuição de prémios pagos, tendo as restantes classes de gastos se mantido a um nível semelhante ao do período anterior», diz o relatório, constatando que as receitas de 2013/14, num total de 1,291 milhões de euros, foram influenciadas «pelos valores atribuídos no Mundial 2014».

Na mensagem de introdução ao documento, o presidente da Federação, Fernando Gomes, destaca o «número recorde» de 162.981 praticantes federados e recorda que a Federação é «um contribuinte líquido do Estado em cerca de sete milhões de euros anuais».

Ainda de acordo com a Lusa, na próxima Assembleia Geral ordinária, marcada para 24 de outubro, que vai votar o Relatório de Atividades e Gestão, a direção da FPF vai apresentar a proposta de aplicação dos resultados, com a afetação de 400 mil euros «ao fomento do futebol não profissional, designadamente subsidiando os seguros e exames médicos do futebol e futsal femininos e a redução das taxas de organização e arbitragem do campeonato nacional de seniores».