Jonathan Rodríguez está em Portugal desde sábado e ainda aguarda a oficialização do contrato com o Benfica. Agora, um dirigente do Peñarol que acompanhou o avançado assume que houve um contratempo no processo, que diz estar relacionado com declarações vindas do Uruguai.


«Chegámos no sábado no meio de grande pressão da imprensa a falar de declarações no Uruguai que não foram felizes», explica Ricardo Rachetti à rádio Sport 890, referindo-se às afirmações de um jornalista, Jorge da Silveira, que acusou Jonathan de beber demasiado e faltar a treinos, numa entrevista ao «El Observador».


«Saiu do avião direto ao hotel para fazer os exames médicos. Depois foram ao Centro de Alto Rendimento. Fizeram testes físicos. Aí começou a surgir a questão das declarações que chegaram a Portugal», descreve Rachetti: «Eles quiseram verificar a veracidade. Por sorte hoje recebi a notícia da retificação pública de quem as fez. Veremos se facilita o caminho. A transferência complicou-se, mas estou otimista que se faça. As condições económicas estão acertadas. A chave é que o presidente do Benfica e o clube se convençam do grande jogador que estão a levar.»


Jorge da Silveira recuou entretanto nas declarações, numa carta enviada ao presidente do Peñarol. Numa longa explicação, diz ter falado com dirigentes, treinadores e representantes do Sindicato dos jogadores e concluído que «o senhor Jonathan Rodríguez mudou drasticamente as atitudes que, fora do relvado, lhe reprovava».

Também a Federação do Uruguai tomou posição sobre o assunto, numa carta ao clube em que elogia o comportamento positivo do jogador ao serviço da seleção. «O vosso jogador, que hoje é uma das grandes promessas do futebol uruguaio e está destinado aos maiores feitos neste desporto, foi integrado nas seleções na nossa Federação e apresentou-se não apenas em grande forma dentro do relvado, mas também com correção e profissionalismo fora do mesmo», diz a carta.