Colômbia-Grécia (Grupo C), 17h00, SportTV1
Uruguai-Costa Rica (Grupo D), 20h00, RTP1
Inglaterra-Itália (Grupo D), 23h00, RTP1
Costa do Marfim-Japão (Grupo C), 2h00, SportTV1  

Aqui está um dos dias mais interessantes deste Campeonato do Mundo de 2014. Várias caras conhecidas, desde logo no embate da Colômbia com a Grécia de Fernando Santos. Seguem-se Maxi Pereira e Jorge Fucile contra a Costa Rica e um escaldante Inglaterra-Itália como prato principal. Para final, para os verdadeiros amantes do Mundial, um Costa do Marfim-Japão, com início às 2h00 em Portugal, 21h00 no Brasil.

Veja o calendário do Mundial

Colômbia-Grécia (Grupo C), 17h00, SportTV1
Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Mark Geiger (Estados Unidos)

Um dos encontros mais esperados pelos adeptos portugueses, sobretudo do FC Porto. A Colômbia apresenta Juan Quintero e Jackson Martínez, para além de Guarín (falha este jogo por castigo) e James Rodriguez. Do outro lado estará a Grécia de Fernando Santos.

A seleção colombiana ainda não superou a tristeza de perder Radamel Falcao para o torneio. Figura incontornável entre os Cafeteros, o avançado do AS Monaco perdeu as esperanças de recuperação atempada e abriu uma vaga no ataque. Carlos Bacca parece ter ligeira vantagem sobre Jackson Martínez. No regresso ao Mundial, que não disputa desde 1998, a Colômbia quer garantir o melhor resultado de sempre, chegando aos quartos-de-final do torneio.

O bloco defensivo da Grécia tem uma fama impressionante. Não é por acaso. Na fase de qualificação, sofreu apenas quatro golos em dez jogos, bastando-lhe doze marcados para garantir 25 pontos. Mais que Portugal, por exemplo. Os homens de Fernando Santos – entre eles estão Katsouranis e Karagounis - celebram o 10º aniversário da conquista do Euro2004 em pleno Estádio da Luz e sonham com o apuramento inédito para a segunda fase de um Mundial. O treinador português ficaria na história da seleção helénica.

Atenção a:

Dimitris Salpingidis
32 anos, a caminho dos 33, e o desejo de reforçar a sua posição na galeria de notáveis internacionais helénicos. Salpingidis marcou o golo da vitória no play-off de 2010, frente à Ucrânia, e foi o primeiro grego a balançar as redes numa fase final de um Mundial, abrindo caminho para o triunfo frente à Nigéria. O extremo fez ainda mais: ficou no grupo para o Euro2012 e marcou no primeiro jogo, sendo o primeiro a festejar tentos num Campeonato do Mundo e num Campeonato da Europa. Se marcar no Brasil, amplia a marca histórica.

James Rodriguez
Com Radamel Falcao fora de combate, as atenções viram-se para James Rodriguez, um dos elementos com melhor rendimento na seleção da Colômbia. O antigo jogador do FC Porto justificou o forte investimento do Mónaco. Os adeptos do clube monegasco elegeram-no como o melhor jogador na época 2013/14. Chega ao Mundial com a moral em alta e responsabilidade acrescida. Tem apenas 22 anos.

Histórico:

As duas seleções nunca se encontraram em Mundiais. Registo apenas para um encontro particular a 5 de junho de 1994, quando a Colômbia preparava a entrada no Campeonato do Mundo dos Estados Unidos. Andrés Escobar foi suplente utilizado nesse amigável. Um mês depois, seria assassinado, provavelmente devido ao seu despenho na prova.

Equipas prováveis:

Colômbia: David Ospina; Camilo Zúniga, Yepez, Zapata e Pablo Armero; Juan Quadrado, Abel Aguilar, Carlos Sánchez e James Rodríguez; Teo Gutíerrez e Carlos Bacca. 

Grécia: Karnezis; Torosidis, Manolas, Sokratis e Holebas; Tziolis, Maniatis e Katsouranis; Salpingidis, Mitroglou e Samaras.

Uruguai-Costa Rica (Grupo D), 20h00, RTP1
Estádio Castelão, em Fortaleza
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)

O Uruguai é um país com menor número de habitantes neste Campeonato do Mundo de 2014. Porém, tem um largo historial na competição, garantindo uma incomparável tradição de amantes de futebol ao longo de várias gerações. Vencedora do troféu em 1930 e 1950, a seleção uruguaia chega a este torneio depois de um excelente quarto lugar no Mundial de 2010. Desta vez, quer pelo menos os quartos-de-final, embora tenha a Inglaterra e a Itália no seu grupo. Nota para a provável ausência de Luis Suárez neste jogo, devido a problemas físicos. Assim sendo, via aberta para Forlán.

Poucos acreditam no apuramento da Costa Rica para a próxima fase, já que terá como adversários o Uruguai, a Inglaterra e a Itália. Para além disso, a seleção costa-riquenha nem sequer pontuou em 2006, na última presença num Campeonato do Mundo. Porém, Jorge Luis Pinto diz ter a certeza que a Costa Rica passará a fase de grupos, tal como em 1990, e aposta na Itália como o outro apurado. Será? 

Atenção a:

Arévalo Ríos
Fica na sombra das unidades mais ofensivas e desempenha a função de guarda-costas. Figura imponente, agressividade quanto baste, uma capacidade tremenda de trabalho à frente do setor recuado do Uruguai. Exibiu-se a bom nível no Mundial de 2010 e despertará mais atenção neste torneio, que será provavelmente o seu último. Tem 32 anos.

Joel Campbell
Emprestado pelo Arsenal ao Olympiakos, o jovem avançado (21 anos) espera confirmar a sua evolução neste Campeonato do Mundo. Terminou a época com onze golos em 43 jogos, um deles nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, na vitória frente ao Manchester United. Não foi utilizado nos dois jogos frente ao Benfica. Referência ofensiva da Costa Rica, promete inquietar Lugano e Godín.

Histórico:

As duas seleções nunca se encontraram em Campeonatos do Mundo. Há registo de vários duelos e a Costa Rica mostrou-se incapaz de vencer o Uruguai. Oito jogos, entre oficiais e amigáveis, seis triunfos uruguaios e dois empates.

Equipas prováveis:

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Stuani, Arévalo, Gargano e Cristian Rodríguez; Forlán e Cavani.

Costa Rica: Keylor Navas; Michael Umaña, Geancarlo González e Roy Miller; Cristian Gamboa, Yeltsin Tejeda, Celso Borges e Waylon Francis; Bryan Ruiz, Joel Campbell e Christian Bolaños.

Inglaterra-Itália (Grupo D), 23h00, RTP1
Arena Amazónia, em Manaus
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)

O que vale esta seleção inglesa em fase de renovação? O confronto com a Itália, num dos jogos que desperta maior curiosidade nesta primeira fase, servirá para esboçar uma resposta. Roy Hodgson tem a palavra. Como irá misturar jogadores experientes com as promessas da Premier League? E qual será o resultado dessa aposta? Esta Inglaterra é uma verdadeira incógnita e não parece ter argumentos para chegar ao topo. Mas isto é futebol.

Campeã do Mundo em 2006, eliminada na primeira fase em 2010, finalista no Europeu de 2012. A Itália é capaz do melhor e do pior, embora penda regularmente para o melhor. Cesare Prandelli sabe que nada é eterno e caminha para a utilização de talentos emergentes como Insigne e Immobile. Talento no ataque não falta. Curiosamente, por esta altura, o cenário inverteu-se. A seleção transalpina deixou de apresentar aquela muralha defensiva intransponível e pratica um futebol virado para a frente.

Atenção a:

Wayne Rooney
Chega ao terceiro Mundial e ainda procura o primeiro golo. Parece incrível, mas é verdade. Em 2006, saiu de cena da pior forma, com uma expulsão frente a Portugal. Quatro anos mais tarde, Inglaterra passou a fase de grupos com dificuldades e caiu nos oitavos-de-final frente à Alemanha. Uma vez mais, com Rooney em branco. Face às críticas recentes e algumas limitações físicas, o avançado está mais pressionado que nunca.

Mário Balotelli
É inevitável. Todos os olhos estarão concentrados nele. Tem a fama, a queda para a polémica, mas brilhou a grande altura no Campeonato da Europa de 2012. Nessa altura, provou estar à altura dos maiores desafios. Porém, o barril de pólvora é instável por natureza e pode rebentar a qualquer momento.

Histórico:

No Campeonato do Mundo de 1990, a Itália venceu a Inglaterra no jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares. Roberto Baggio inaugurou a contagem, David Platt fez o empate mas Schillaci assinou o resultado final na cobrança de uma grande penalidade. No total, entre jogos oficiais e amigáveis, 24 duelos e ligeiríssima superioridade transalpina, com 9 vitórias contra 8 triunfos ingleses e 7 empates.

Equipas prováveis:

Inglaterra: Hart; Glenn Johnson, Cahill, Jagielka e Baines; Gerrard e Henderson; Sterling, Rooney e Welbeck; Sturridge.

Itália: Buffon; Darmian, Barzagli, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Verratti e Marchisio; Cassano e Balotelli.

Costa do Marfim-Japão (Grupo C), 2h00, SportTV1
Itaipava Arena Pernambuco, em Recife
Árbitro: Enrique Osses (Chile)

Este é um jogo só para os verdadeiros amantes do Mundial! Falamos para o público europeu, claro, que terá de estar acordado num sábado à noite e em frente à TV para assistir madrugada adentro a este Costa do Marfim-Japão. A geração de Drogba chega de novo a um Campeonato do Mundo e, mais uma vez, muitas das esperanças africanas caem nos Elefantes. No terceiro Mundial consecutivo em que entra, a equipa africana tentará, pela primeira vez, passar a fase de grupos. Esta é uma boa oportunidade para isso, mas pode ser tarde.


O Japão vai começar a quinta participação consecutiva em mundiais. A seleção nipónica alternou a passagem aos oitavos de final com a eliminação na fase de grupos. Por isso, agora, quer estabilizar e, quem sabe, chegar onde nunca chegou: aos quartos de final. O selecionador, o italiano Zaccheroni, provocou uma revolução na equipa e, por isso, a dúvida é grande, ainda para mais num grupo tão heterogéneo quanto este.

Atenção a:

O papel de grande estrela divide-o com Yaya Touré, o melhor jogador africano dos últimos anos. Mas aos 36 anos, Drogba quererá deixar uma última marca num Mundial. Ele é o líder de uma geração e da equipa e aquilo que a Costa do Marfim fizer passará, quase de certeza, pela força e eficácia de Didier Drogba e a parceria dele com Bony.

É o nome mais sonante da seleção nipónica. O jogador do Manchester United foi o 24º japonês no Mundial 2010, ou seja, ficou de fora, mas agora está no Brasil para representar os Samurais ao mais alto nível. Kagawa é também o maior representante da diáspora japonesa na Europa, sobretudo na Alemanha. Kagawa deu nas vistas no Borussia Dortmund e mudou-se para o Manchester United, numa transferência mediática. Chega ao Mundial 2010 depois de uma época frustrante a nível de clube. E também por isso quererá mostrar serviço.

Histórico:

Duas vitórias para Japão, uma em 1993 na Taça Afro-Ásia e outra num particular. A Costa do Marfim venceu uma vez, num particular também. Este é o primeiro jogo entre as equipas em mundiais.

Equipas prováveis:

Costa do Marfim: Barry; Akpa Akpro, Kolo Touré Bamba e Djakpa; Gervinho, Diomandé, Yaya Touré e Solomon Kalou; Didier Drogba e Bony

Japão: Kawashima; Yoshida, Morishige, Uchida e Nagamoto; Aoyama, Yamaguchi e Honda; Osako, Okubo e Kagawa