A Venezuela venceu este domingo o Chile e apurou-se para as meias-finais da Copa América. Foi um dia histórico para a selecção conhecida como Vinotinto, que pela primeira vez conseguiu uma posição entre as quatro melhores equipas da América do Sul. Pelo caminho confirmou a tradição das surpresas.

Depois do Peru eliminar a Colômbia, do Uruguai afastar a Argentina e do Paraguai ultrapassar o Brasil, só faltava a Venezuela bater o teórico favorito Chile. Sem precisar de prolongamento, o que foi uma novidade nestes quartos-de-final, a equipa de César Farias festejou uma vitória feita de sorte e sofrimento.

Após um primeiro tempo muito fraco, o Chile surgiu na segunda parte muito mais forte. A entrada de Valdivia mudou a qualidade do futebol chileno, que atirou duas bolas aos ferros e viu Perozo e Cichero tirar dois golos em cima da linha de baliza. Em duas bolas paradas, depois, fez os dois golos do triunfo.

O primeiro foi obra de Vizcarrondo, que ainda na primeira parte marcou de cabeça. Naquela altura a vantagem da Venezuela nem era escandalosa, o Chile era praticamente inexistente. Na segunda parte, aí sim, houve sensação de injustiça. O Chile, numa enxurrada de ataques, fez por merecer outro resultado.

Hugo Chávez e Fidel Castro festejam no twitter

Suazo, após um passe de Alexis Sanchez, ainda empatou, depois quase colocou o Chile na frente, mas contra a corrente do jogo, e outra vez numa bola parada, a Venezuela fez história: Arango bateu o livre, Cláudio Bravo não agarrou e Cichero fez o segundo. Faltavam dez minutos para o fim do jogo.

Seguiram-se duas expulsões, uma para cada lado, e uma decisão muito controversa do árbitro Carlos Vera, que anulou mal um golo a Valdivia por fora-de-jogo inexiste. No fim venceu a Venezuela, que agora vai defrontar o Paraguai nas meias-finais. Até lá é tempo de festejar: com vinho tinto, como referiu Cichero!

Com a eliminação do Chile termina a prova para Matias Fernández (que não foi opção por lesão). O médio fica disponível para viajar mais cedo para Lisboa e juntar-se à pré-época do Sporting. Rodriguez, Carrilo, Maxi, Álvaro Pereira e Rodriguez são os representantes lusos que restam na Copa América.

Ficha de jogo:

Estádio Bicentenário, em San Juan

Árbitro: Carlos Vera (Equador)

CHILE: Claudio Bravo, Contreras, Waldo Ponce e Jara (Paredes, 60m); Isla, Gary Medel, Carmona (Valdivia, 46m) e Vidal; Luis Jiménez (Carlos Muñoz, 83m); Alexis Sánchez e Suazo.

Suplentes não utilizados: Miguel Pinto, Francisco Silva, Estrada, Gonzalo Fierro, Millar, Felipe Gutiérrez e Garcés.

VENEZUELA: Vega, Rosales, Perozo, Vizcarrondo e Cichero; César González (Moreno, 87m), Rincón e Lucena; Juan Arango, Maldonado (Seijas, 63m) e Fedor (Rondón, 59m).

Suplentes não utilizados: Morales, Granados, José Manuel Rey, Di Giorgi, Yohandry Orozco, Arismendi, Meza, González e Hernández.

GOLOS: Vizcarrondo (35m), Humberto Suazo (69m), Cichero (80m).

Veja os golos: