O ex-benfiquista Ángel Di María, autor do golo que permitiu à Argentina bater no sábado o Brasil por 1-0 na final da Copa América em futebol, em pleno Maracanã, afirmou que esta era uma vitória há muito sonhada.

«Sonhámos tanto com isto, lutámos tanto. Muita gente duvidava e criticava-nos, mas continuámos a tentar, até que hoje se deu, a bola entrou e, graças a Deus, ganhámos um título tão desejado», disse Di María, eleito o melhor jogador da final.

Com o golo do jogador do Paris Saint-Germain, de 33 anos, apontado aos 22 minutos, com um chapéu a Ederson, após passe de Rodrigo De Paul, a Argentina acabou com uma seca de 28 anos sem títulos, que durava desde a vitória na Copa América de 1993.

«A Copa América era para ser na Argentina [foi mudada para o Brasil devido à pandemia da covid-19] e terminámos aqui, porque tínhamos de ganhar aqui», afirmou ainda Di María, valorizando mais a conquista por ser contra o Brasil e no Maracanã.

Quanto ao golo, agradeceu o falhanço de Renan Lodi, que deixou chegar a Di María o passe de De Paul: «Tinham-me dito que o lateral dormia um pouco na marcação. Aproveitei o passe perfeito, controlei a bola e avancei».

Do lado dos anfitriões, o capitão Thiago Silva reconheceu que a Argentina conseguiu «neutralizar» as principais armas ofensivas do Brasil, especialmente no primeiro tempo, e criticou o árbitro por «só ter dado cinco minutos de descontos» no final.

«A Argentina neutralizou as nossas principais jogadas e foi muito difícil tentar dar a volta ao resultado», disse o campeão europeu de clubes em 2021/22 ao serviço do Chelsea.

Thiago Silva lamentou que o Brasil não tenha conseguido fazer o seu jogo na primeira parte e acrescentou que na segunda metade «não houve jogo» e que só a seleção brasileira quis jogar.

«Apesar da derrota, fizemos uma boa campanha. Na final, havia 50% de possibilidades para cada equipa, com grandes jogadores nos dois conjuntos, como Neymar e Messi, e ambos com bons treinadores», salientou.