Neymar, que assistiu Lucas Paquetá para o golo da vitória do Brasil sobre o Peru (1-0) nas meias-finais da Copa América, disse na segunda-feira que quer a Argentina na final.

«Eu quero a Argentina, estou a torcer pela Argentina, pois tenho lá amigos. E aí, na final, vai dar Brasil», afirmou, entre sorrisos, Neymar, quando questionado sobre preferências para a segunda meia-final, entre argentinos e Colômbia.

Quanto ao jogo com os peruanos, o jogador do Paris Saint-Germain deixou elogios a Lucas Paquetá, que resolveu o encontro, aos 35 minutos, em resposta a um passe seu.

«O Paquetá um grande jogador, que vem crescendo a cada partida, a cada jogo que representa a seleção. Fez uma grande temporada pelo seu clube [Lyon] e está a demonstrar que pode ser um jogador muito importante para nós. Fico contente com o jogo que fez. Jogou muito e está de parabéns», disse Neymar.

O que o 10 dos ‘canarinhos’ não gostou foi da postura do árbitro chileno Roberto Tobar.

«Não pode fazer o que fez. É uma falta de respeito para com todos os jogadores, a forma como ele fala, como ele olha, o que ele fala em campo com os jogadores. Desde o primeiro minuto, eu fui falar com ele e ele foi muito arrogante», queixou-se.

Segundo Neymar, «não é normal que as duas equipas reclamem, não da forma como ele apitou a partida, pois pode errar ou acertar, mas pela arrogância», pelo que na sua opinião «não pode ser árbitro de uma meia-final da Copa América».

Quanto a Lucas Paquetá, não quis escolher adversário para a final, garantindo que o Brasil está «preparado para fazer o melhor e justificar o título».

«Foi um jogo muito difícil, muito disputado e com uma marcação muito forte. Conseguimos assegurar a vitória e avançar», disse o jogador do Lyon, satisfeito também pelo golo: «Estou muito feliz por poder ajudar a seleção e o Neymar».

Por seu lado, o selecionador brasileiro, Tite, destacou o facto de a sua equipa ter jogado «há menos de 72 horas e 45 minutos com menos um jogador [nos quartos de final, face ao Chile], o que provocou um desgaste físico e mental muito forte».

«O Brasil fez uma grande primeira parte, que poderia ter traduzido em mais golos, e, com o passar do tempo, a capacidade para os confrontos e a mobilidade perderam-se um pouco», disse o técnico canarinho, explicando a segunda parte menos conseguida.

Ainda assim, Tite deixou os «parabéns ao Paquetá e a toda a equipa, que fez um grande trabalho», pelo que «mereceu» o apuramento para a final de sábado.

O técnico cumpriu o 60.º jogo pela seleção brasileira, somando 45 vitórias, 11 empates e quatro derrotas, sendo que, contra adversários sul-americanos só perdeu em particulares – duas vezes com a Argentina e uma com o Peru.